quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Cheque Cidadão: Juiz condena Thiago Ferrugem e Kellinho no "escandaloso esquema"

(Foto: Reprodução)
Os onze eleitos acusados de envolvimento no “escandaloso esquema” da troca de Cheque Cidadão por votos estão condenados. Nesta quinta-feira (19), juiz Eron Simas proferiu as sentenças de Thiago Ferrugem (PR) e Kellinho (PR).

Com a decisão eles ficam inelegíveis por oito anos, além de terem seus votos anulados. Por envolvimento na distribuição irregular do programa social, Kellinho não foi diplomado e, consequentemente, não foi empossado. Eron ratificou a decisão de não expedir o documento, que na situação de Ferrugem foi cassado.

Na semana passada, Roberto Pinto (PTC), Jorge Rangel (PTB) e Ozéias (PSDB) também foram condenados no que o juiz classificou como “um dos maiores e mais audaciosos esquemas de compra de votos de que se tem notícia na história recente deste país. Pior: tudo às custas de dinheiro público”. Nessa segunda-feira, também foram condenados Jorge Magal (PSD) e Miguelito (PSL). Na terça, foram conhecidas as condenações de Linda Mara e Cecília Ribeiro Gomes. Já na quarta, as de Thiago Virgílio (PTC) e Vinicius Madureira (PRP).

A Câmara emitiu nota nessa terça informando que ainda não foi comunicada sobre as decisões da Justiça. O posicionamento oficial não traz muitas novidades, já que é bem parecido com que o procurador da Casa, Robson Maciel Júnior, já havia informado à Folha. Marcão fala sobre possível retotalização dos votos e novo quociente eleitoral. Já o advogado João Paulo Granja informou ao blog que “o entendimento hoje predominante no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é de que nas hipóteses, como a dos autos, de ocorrência de abuso de poder econômico e captação ilícita de sufrágio, os votos são válidos, vindo a ser destinados ao partido ou coligação do candidato que teve seu registro cassado”.






Fonte: Blog do Arnaldo Neto