quarta-feira, 10 de junho de 2020

GNA marca audiência pública sobre linha de transmissão em Campos e SJB


A GNA - Gás Natural Açu vai realizar na terça-feira (16/06), às 19h, uma Audiência Pública virtual para apresentação do projeto da Linha de Transmissão 500kV Açu - Campos 2. Com mais de 37 km de extensão, o projeto da LT atravessa os municípios de Campos dos Goytacazes e São João da Barra, região Norte Fluminense do estado. Devido à pandemia da COVID-19, a Audiência Pública virtual será transmitida ao vivo, via internet no site da GNA (www.gna.com.br/ap), ou por meio das rádios 97 FM (97.1) e Costa Doce FM (101,9).

Na ocasião, além de conhecer melhor o projeto, bem como o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do empreendimento, a população terá a oportunidade de tirar suas dúvidas. Para isso, foram disponibilizados diferentes canais de fácil acesso da população.

No site da GNA, após preencher um breve formulário, a população estará apta a enviar as suas perguntas e fazer uso da palavra. Já para os que escolherem acompanhar a Audiência Pública pelas rádios, basta enviar nome completo, RG e a pergunta, via WhatsApp, pelo número: (22) 99975-5059. Os canais para envio das perguntas serão abertos no dia da audiência. 

“A Audiência Pública virtual reforça o nosso compromisso com os moradores da região, não só com a transparência das nossas ações, mas também com a saúde de todos, principalmente em um momento de pandemia. Queremos levar o máximo de informações de forma segura à população de São João da Barra e Campos dos Goytacazes e da região. Contamos com participação de todos”, destaca João Teixeira, Gerente Geral de Licenciamento da GNA. 

A transmissão virtual da Audiência Pública segue os decretos municipais, estaduais e federais visando evitar aglomerações por conta do novo coronavírus e foi autorizada por meio de deliberação da Comissão Estadual de Controle Ambiental – CECA, da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade do Estado do Rio de Janeiro. Assim como em uma Audiência Pública presencial, representantes do órgão ambiental também participam da sessão virtual. 

A gravação da audiência pública virtual será disponibilizada no site: www.gna.com.br/ap, para posterior consulta e análise. Informações adicionais estão disponíveis no site ou pelo telefone gratuito 0800 002 9200.

Sobre o projeto
A Linha de transmissão 500kV Açu - Campos 2 corresponde a um projeto com 37,72km de extensão, atravessando os municípios de São João da Barra (15,55 km) e Campos dos Goytacazes (21,86 km). A linha é necessária para escoar a energia elétrica gerada pela UTE GNA II, que será construída pela GNA, no Porto do Açu, em São João da Barra, até a subestação Campos 2, em Campos dos Goytacazes, a fim de fornecer energia para o SIN - Sistema Interligado Nacional. O empreendimento integra o parque termelétrico a gás natural que a GNA constrói no Porto do Açu.

Sobre a GNA
A GNA – Gás Natural Açu é uma joint venture formada pelas empresas Prumo Logística, a BP e a Siemens dedicada ao desenvolvimento, implantação e operação de projetos estruturantes e sustentáveis de energia e gás. A empresa constrói no Porto do Açu um parque termelétrico a gás natural. O projeto compreende a implantação de duas usinas térmicas movidas a gás natural (GNA I e GNA II) que, em conjunto, alcançarão 3 GW de capacidade instalada. Juntas, as duas térmicas irão gerar energia suficiente para atender cerca de 14 milhões de residências. Além das térmicas, o projeto compreende um Terminal de Regaseificação de GNL (Gás Natural Liquefeito), de 21 milhões de metros cúbicos/dia.

Em anexo, abaixo, o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)





Bancos não abrem na quinta-feira; contas podem ser pagas na sexta


Os bancos de todo o país não abrem na quinta-feira (11) por causa do feriado de Corpus Christi, informou a Febraban (Federação Brasileira de Bancos).

Essa decisão vale inclusive para as cidades que anteciparam o feriado, caso de São Paulo, onde o feriado tinha sido antecipado em 25 de maio como medida da prefeitura para manter o isolamento social em meio à pandemia do coronavírus.

Pagamento de contas

Com as agências bancárias fechadas na quinta, ficam adiados para sexta (12) todos os vencimentos de contas, incluindo boletos e contas de concessionárias, agendamento de pagamentos e envios de transferências.

Os terminais de autoatendimento, aplicativos de celular e internet permanecerão funcionando e oferecendo os serviços de forma usual, como já ocorre em outros feriados bancários.

Na sexta-feira, os bancos voltam a funcionar em horário normal.








MP e Receita Federal apreendem 97 respiradores pulmonares comprados com verba desviada da saúde

(Foto: Reuters / Kai Pfaffenbach)
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC/MPRJ), em atuação conjunta com a Receita Federal do Brasil, por meio da Delegacia Alfandegária do Aeroporto do Galeão, cumpriram, nesta terça-feira (9), mandado judicial de sequestro expedido pela 1ª Vara Criminal Especializada da Capital.

Continuação da Operação Mercadores do Caos deflagrada no início de maio, a etapa desta terça-feira (9) resultou na apreensão de 97 ventiladores/respiradores pulmonares importados pelas sociedade empresárias MHS Produtos e Serviços, controlada por Glauco Octaviano Guerra, SKN do Brasil Importação e Exportação, SKN Indústria e Comércio do Brasil e Santa Fe Trading Importador e Exportação. De acordo com as investigações, todo o material foi pago com verbas de quase R$ 19 milhões desviadas dos cofres públicos estaduais.

Os equipamentos chegaram no país em dois voos distintos que, desde sua saída da China, vinham sendo monitorados pelos Promotores de Justiça do GAECC/MPRJ e por Auditores Fiscais de forma a efetivar a ordem de sequestro expedida pelo Juízo da 1ª Vara Criminal Especializada da Capital, evitando o desvio da carga. Em cumprimento à ordem judicial, após os trâmites aduaneiros necessários, os 97 ventiladores/respiradores pulmonares deverão ser retirados pela Secretaria Estadual de Saúde para uso em pacientes portadores do COVID-19.

Há sigilo judicial decretado, razão pela qual não é possível, no momento, prestar mais informações sobre as investigações.






Fonte: Ascom MPRJ

Ponto facultativo quinta e sexta-feira em SJB

(Foto: Ralph Braz | Pense Diferente)
A Prefeitura de São João da Barra decretou, com publicação no Diário Oficial desta terça-feira, 9, (aqui) ponto facultativo na quinta-feira e na sexta-feira, 11 e 12 de junho, em razão da celebração de Corpus Chisti.

A medida é válida para todos os órgãos da administração pública direta e indireta do município.

A exceção é para membros da Comissão Permanente de Licitação, pregoeiro e sua equipe de apoio, a fim de garantir a realização das sessões públicas de licitação, e setores responsáveis por serviços públicos essenciais indispensáveis, que não podem ser paralisados, em especial aqueles relacionados às ações de prevenção e combate ao coronavírus (Covid-19).







terça-feira, 9 de junho de 2020

Nota de repúdio contra prefeito Rafael Diniz devido a atraso e parcelamento de salários de aposentados

(Foto: divulgação Secom)
Aposentados e pensionistas da Prefeitura de Campos fizeram uma nota de repúdio contra o prefeito Rafael Diniz após o governo municipal atrasar e parcelar os salários desses trabalhadores. Segundo eles, a emissão da nota foi a opção que tiveram para protestar contra essa medida uma vez que, devido à pandemia, esses idosos não podem ir às ruas. O repúdio é feito também em decorrência da falta de divulgação com antecedência do novo cronograma de pagamento. No dia 4 de junho, a Prefeitura de Campos apenas anunciou que priorizaria os servidores ativos da Saúde e da Educação. 

Em nota encaminhada ao Terceira Via, a Prefeitura afirma que a primeira parcela do pagamento foi paga na segunda-feira (8) e alega que o parcelamento dos salários foi a “alternativa neste momento de grandes perdas de receitas”.

Ainda segundo a prefeitura, dos R$ 73,2 milhões destinados à folha de pagamento dos servidores, R$ 15,3 milhões são destinados a aposentados e pensionistas do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos de Campos — PreviCampos. 

Vale lembrar que o Executivo entrou com uma ação na justiça solicitando que o fundo de reserva do Previcampos possa ser utilizado para o pagamento dos aposentados. Tal ação está tramitando em Juizo.

LEIA A NOTA DE REPÚDIO DOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS NA ÍNTEGRA

Ao Sr. Prefeito
Rafael Diniz.
Nós, Aposentad@s e Pensionistas viemos à público mostrar a nossa indignação pelo atraso e parcelamento dos nossos salários.
Não somos INATIV@S.
Temos vida e, como tal, precisamos nos alimentar, pagar nossas contas, comprar remédios, dentre outra necessidade, que estar viv@s nos requisita.
Parcelar nossos salários não é compatível com parcelar nossas responsabilidades.
Trabalhamos anos e aposentadoria é direito inalienável de quem trabalha. Sem contar que o momento que vivemos, com a Pandemia causada pelo Covid-19, com o isolamento social, ter nossos salários parcelados, é muita irresponsabilidade de sua parte, beirando à perversidade.
Não podemos fazer greve, mas podemos mostrar para a população o tratamento humilhante para conosco, que já cumprimos com nossas obrigações e estamos sendo violad@s em nosso direito fundamental, que é viver. repito: NÃO SOMOS INATIV@S!
O salário já está defasado e agora fatiado!
-Sabemos que ao ser eleito, herdou ônus e bônus;
-Sabemos também que herdou mais ônus que bônus;
-Sabemos que a cidade foi “empenhada” pelo empréstimo que o governo anterior fez com os Royalties do petróleo.
Mas o Sr. Também sabia, Prefeito Rafael Diniz. Sabia de todas as dificuldades, mas se candidatou e foi eleito, portanto, a partir de sua posse, as responsabilidades são suas de administrar.
Deixamos esse repúdio de parcelar nossos salários e queremos o nosso salário integral.
Campos dos Goytacazes, 09 de junho de 2020.

Profissionais de Educação Aposentad@s e Pensionistas da Rede Municipal de Campos dos Goytacazes RJ.
LEIA A RESPOSTA DA PREFEITURA NA ÍNTEGRA

Na última segunda-feira (08) foi efetuada a primeira parcela do pagamento de aposentados e pensionistas. Como alternativa neste momento de grandes perdas de receitas, a prefeitura tenta, na Justiça, efetuar pagamento de aposentados e pensionistas com o fundo de reserva do Previcampos. Em outubro do ano passado, o pagamento deixou de ser feito desta maneira, após o Tribunal de Contas do Estado (TCE) contestar lei municipal de 2015, que, de acordo com o órgão, não cumpriu na ocasião requisitos legais e, ainda assim, foi aprovada. Em função da queda brusca de arrecadação própria, além das receitas vindas do petróleo — com o panorama de perdas acentuado pela pandemia de Coronavírus — a Prefeitura se viu obrigada a estabelecer um cronograma diferenciado.

Em maio último, Campos recebeu a menor Participação Especial de sua história: R$ 1.113.664,61. O valor é 17mil%, ou 170 vezes, menor que fevereiro de 2013, por exemplo, quando o município recebeu a PE de R$ 188,9 milhões. Nos cinco primeiros meses deste ano, Campos já acumula perdas de quase R$ 110 milhões. Nas receitas próprias, o cenário não é diferente. A queda é de 50% em IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e 23 % no Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSqn). Ao mesmo tempo, a folha de pagamento dos servidores é de R$ 73,2 milhões — sendo R$ 15,3 milhões destinados a aposentados e pensionistas do PreviCampos — Instituto de Previdência dos Servidores Públicos de Campos.






Fonte: Terceira Via

Petrobras aumenta preço da gasolina em 10% a partir desta terça-feira

(Foto: Marcelo Camargo | Agência Brasil)
A Petrobras vai aumentar em 10% o preço da gasolina nas refinarias a partir da meia-noite desta terça-feira. De acordo com a estatal, a alta é de R$ 0,13 por litro.

Apesar de ser o quinto aumento seguido da gasolina, o preço do combustível acumula recuo de 24% no ano. Não houve reajuste para o diesel.

O aumento na gasolina vem após um salto de mais de 19% na última semana nas cotações do petróleo Brent, referência internacional, em meio a movimentações da Opep para manter os cortes na produção. No câmbio, por outro lado, o dólar tem caído na comparação com o real nos últimos dias. Nesta segunda-feira, a divisa fechou em R$ 4,85, no mesmo valor desde o início de março.

Nos postos, os preços médios praticados até a semana passada apontavam queda acumulada de 14,5% em 2020, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), embora com elevação nas últimas duas semanas, depois dos reajustes da Petrobras.

No diesel, combustível mais vendido do Brasil, a Petrobras já reduziu os preços nas refinarias em 35% em 2020, enquanto a baixa acumulada nas bombas é de 19,4%.

O repasse de reajustes nas refinarias até os consumidores finais não é imediato e depende de uma série de questões, como margem da distribuição e revenda, impostos e adição obrigatória de biodiesel.





Fonte: Extra Online

Justiça suspende parte da flexibilização do Estado do Rio

(Gilvan de Souza/Agência O Dia/Estadão Conteúdo)
Trechos do decreto do Governo do Estado que prevê a flexibilização das medidas de restrição impostas para combater a disseminação do novo coronavírus foram suspensos pela Justiça nesta segunda-feira (8), a pedido do Ministério Público e da Defensoria Pública do estado. De acordo com a decisão, ficam suspensas atividades esportivas ao ar livre; atividades culturais – drive in, inclusive; pontos turísticos; serviços no Departamentos de Trânsito (Detran); funcionamento de bares e restaurantes; feiras livres; abertura de shoppings e cultos em templos e igrejas; além do transporte intermunicipal no estado.

A decisão do juiz Bruno Bodart da Costa, da 7ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça, que também estabeleceu que uma nova audiência para tratar do tema seja realizada na próxima quarta-feira (10), suspendeu os efeitos do decreto até que seja apresentada a análise de impacto regulatório referente às medidas de isolamento para conter a disseminação do vírus. Em caso de desrespeito à decisão, o Governo do Estado deverá pagar multa de R$ 50 mil.

Bodart afirmou que “não se ignora o drama sofrido pelos comerciantes e trabalhadores, cujas atividades vêm sendo restringidas como forma de retardar a expansão do contágio pela Covid-19”. No entanto, o magistrado ponderou que “estão em jogo vidas humanas e quase sete mil pessoas já faleceram em todo o Rio de Janeiro”.

O Governo do Estado afirmou que vai recorrer da liminar. “A decisão de permitir a reabertura gradual de setores e atividades econômicas levou em consideração a redução do número diário de óbitos e de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A Secretaria de Estado de Saúde fará o monitoramento constante da taxa de incidência da Covid-19 para reanálise”, informou por meio de nota.








Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão em Campos, Itaperuna, Macaé, Carapebus e mais três cidades


A Polícia Federal, em ação conjunta com o Ministério Público Federal (MPF) e Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou nesta terça-feira (9) a operação Scepticus, com o objetivo de apurar fraudes em licitações no Fundo Municipal de Saúde de Carapebus, no Norte Fluminense.

A ação desta terça mobilizou 80 policiais federais, além de servidores do MPF e CGU e visa cumprir 25 mandados de busca e apreensão na Prefeitura Municipal de Carapebus, na Secretaria Municipal de Saúde e Fundo Municipal de Saúde, além de endereços de empresas e pessoas físicas situados nas cidades de Carapebus, Duas Barras, Campos dos Goytacazes, São João da Barra, Itaperuna, Macaé, Armação de Búzios e Vitória (ES), todos expedidos pela Vara Federal da Subseção Judiciária de Macaé.

Em Carapebus, a equipe chegou a ir até o sítio Córrego Grande, que seria do marido da prefeita Christiane Miranda. A equipe de reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Carapebus, através da assessoria de comunicação, e aguarda posicionamento.

A apuração conjunta realizada pelos órgãos de investigação criminal e de fiscalização e controle identificou indícios de fraude em dispensas de licitação realizadas para aquisição de medicamentos, equipamentos de proteção individual (EPIs), testes rápidos para detecção do Covid-19, locação de equipamentos e insumos hospitalares e contratação de empresa para montagem de hospital de campanha.

Dentre os indícios de fraudes verificados estão: a escolha de empresas antes mesmo da instauração de processos de licitação; empresas com sede em endereços residenciais, sem empregados e bens; contratação de fornecedor que possui vínculo familiar com servidor lotado na Secretaria de Saúde.

A soma de recursos públicos envolvidos nas dispensas de licitação investigadas alcança a cifra de aproximadamente R$ 4,7 milhões.

O nome da operação é referente a palavra de origem latina scepticus, que significa ceticismo e traduz a falta de crença nas ações empreendidas pelos agentes públicos e empresários investigados no combate à Covid-19.





Fonte: Polícia Federal

segunda-feira, 8 de junho de 2020

Carla diz que quer eleger oito dos nove vereadores em São João da Barra

(Foto: Ralph Braz | Pense Diferente)
A prefeita de São João da Barra, Carla Machado (PP), não admite com todas as letras que é pré-candidata à reeleição, mas diz: “nunca afirmei que não seria candidata”. O nome de Carla surge com ainda mais força no cenário eleitoral sanjoanense após a decisão do ministro Og Fernandes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que anulou sua condenação na operação Machadada. A ação ainda será analisada pelo plenário, mas a prefeita se diz confiante. De olho também na eleição ao Legislativo, Carla disse que pretende eleger do seu grupo político oito dos nove vereadores da Câmara. Ela também comentou sobre a crise econômica e sobre a morte do filho, Pedro, em novembro do ano passado: “Tento transformar meu luto em luta”.

Folha da Manhã – Até a anulação da sua condenação pela Machadada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no dia 28, você evitava assumir a pré-candidatura à reeleição como prefeita de São João da Barra. E agora: é pré-candidata? ]

Carla Machado – O resultado favorável que tivemos no Tribunal Superior Eleitoral confirma a injustiça praticada contra mim e nada modificou meu comportamento, até porque, fui candidata em 2014 a deputada estadual, obtendo quase 25 mil votos, e em 2016 para prefeita, quando tivemos 73% dos votos válidos de São João da Barra. Nunca afirmei que não seria candidata, qualquer decisão seria apenas no aspecto pessoal e continuo na luta!

Folha – A decisão do TSE do ministro Og Fernandes foi monocrática. Sem prazo, a questão ainda será julgada no plenário da instância máxima da Justiça Eleitoral. Qual a sua expectativa?

Carla – Sempre conduzi minhas campanhas de forma honesta e tenho plena confiança na manutenção da decisão.

Folha – Apesar de também ser beneficiado pela anulação da Machadada, seu vice, Alexandre Rosa, não pode disputar novamente ao mesmo cargo, por estar no segundo mandato consecutivo. Especula-se sobre quem poderia compor a chapa, como os vereadores Aluizio Siqueira (PP), Sônia Pereira (PP) e Elísio Motos (PL), além do ex-secretário de Educação Daniel Damasceno (PP). Como seria a escolha do nome e do partido para compor a chapa?

Carla – Nosso grupo político é composto por pessoas altamente qualificadas para a função e na hora certa discutiremos isso. No momento, estamos todos focados no enfrentamento ao Covid-19 e preservação das vidas.

Folha – A eleição deste ano será a primeira sem coligações a vereador. Seu grupo político vai lançar seis frentes na corrida por nove cadeiras. Você sempre foi considerada boa estrategista na montagem das nominatas. O que muda com a nova legislação? Qual a projeção de cadeiras que você trabalha ao seu grupo político? E a oposição, dividida na corrida ao Legislativo sanjoanense em cinco frentes, como avalia?

Carla – Obrigada, mas acho que o termo ideal seria trabalhadora, pois esse é o motivo pelo qual grande parte dos que almejam participar da vida pública se unam a nós. Para mim só mudou a questão de prazo, pois tivemos que antecipar a montagem das nominatas que tivemos que fazer seis meses antes. Temos uma frente composta no momento por 11 partidos. Destes, no mínimo sairão seis com nominatas completas. Pretendemos fazer oito das nove cadeiras existentes. Quanto a oposição, prefiro não fazer qualquer tipo de avaliação e focar apenas na meta que temos.

Folha – Dos quatro pré-candidados da oposição a prefeito, dois são empresários: Márcio Nogueira (Podemos) e Renê Fernandes (Patri). Isso reflete descontentamento do setor produtivo, que chegou a lançar um movimento de “luto” pela sua decisão de fechar o comércio para combater a pandemia da Covid-19?

Carla – Na realidade, seria muito importante para todos os cidadãos brasileiros que não misturassem questão política com o cuidado com a saúde das pessoas neste tempo de pandemia. Essa conta virá mais tarde para aqueles que não enxergaram o seu próximo como irmão, com amor e respeito.

Descontentamento sempre teve e terá, mas este não é o termo adequado para utilizar, já que não reflete o sentimento da maioria. A classe de comerciantes, a qual também faço parte, passa por muita dificuldade em todo o planeta, a exemplo de muitas outras. Estamos gradativamente e de forma responsável flexibilizando algumas medidas.

Folha – Outro pré-candidato da oposição a prefeito é o radialista Emilson Amaral (PSD), hoje ligado aos Dauaire. Mas vocês já foram aliados e fizeram programas de rádio juntos. O que levou à divisão?
Carla – Eu não me lembro de ter feito em conjunto nenhum programa de rádio com o senhor Emilson, e sim, de ter sido entrevistada por ele na rádio comunitaria que o mesmo integra. Em política, a questão de estar ou deixar de estar aliado é muito normal, e acredito que nesse caso específico não houve interesse de nenhuma das partes em caminhar junto.

Folha – O outro pré-candidato a prefeito é o engenheiro Otávio Carvalho (PMN), que tem base no 5º distrito, considerado seu reduto de menor densidade no município. Como analisa a postulação dele?

Carla – Válida!

Folha – No período pré-eleitoral de 2016, como neste ano, ainda que ninguém tenha certeza das eleições em outubro por conta da pandemia, você foi cogitada para ser candidata a prefeita de Campos. E, nas duas vezes, teve entusiastas da ideia. Pensa nisso?

Carla – Apesar de ver o povo de Campos como um povo irmão, minha missão em São João da Barra ainda não acabou. Agradeço imensamente o carinho de todos, daqueles que nos dão a honra de suas presenças em nosso litoral e os que interagem conosco em nossas redes sociais sempre nos incentivando e torcendo por nossas vitórias.

Folha– Você tem outro forte elo político com Campos: seu irmão Fred Machado (Cidadania), presidente da Câmara Municipal goitacá. Na mão dupla entre a BR 356 e o rio Paraíba, trabalham com a possibilidade dele um dia se candidatar em SJB?

Carla – Fred, como eu, carrega o sobrenome Machado e sabe a responsabilidade que temos em nossa missão de ajudar e fazer a diferença na vida da população. Ele tem um estilo próprio, tenho muito orgulho da forma como se comporta, é um cara conciliador, sensível e que gosta de gente! Eu e meu irmão nunca falamos na possibilidade de candidatura dele em SJB, até porque a vida dele é toda em Campos.

Folha – O Norte Fluminense tem quatro municípios próximos governados por mulheres. Além de você, Francimara Barbosa Lemos (SD), em São Francisco de Itabapoana; Fátima Pacheco (DEM), em Quissamã; e Christiane Cordeiro (PP), em Carapebus. Em contrapartida, a participação feminina nos legislativos é bem pequena. Como analisa essa contradição e o que espera das mulheres na política? Conversa com as outras prefeitas a esse respeito?

Carla – Deveríamos ter uma participação feminina maior por sermos maioria no eleitorado e por já termos provado nossa capacidade. Lugar de mulher é onde ela quiser! O ambiente político precisa de diversidade, além da representação feminina, a de outros sexos, raças, oriundos de movimentos sociais para que todos tenham voz ativa. As colegas citadas acima são exemplos de empoderamento que mostra que o espaço político é de quem se atreve a ir a luta com dignidade e determinação.

Folha – O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a competência de estados e municípios para adotar medidas de restrição no combate à pandemia. No entanto, especialistas dizem que ações coordenadas são mais eficazes para evitar a proliferação da doença. Temos a Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro) e o Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento do Norte e Noroeste (Cidennf). Faltou coordenação e união dos municípios da região para que pudessem adotar medidas mais homogêneas?

Carla – União é sempre importante! Temos que apenas reiterar que cada município tem uma realidade diferente. Cada um sabe a sua condição e a melhor forma de encaminhar seu trabalho para proteger sua população. Com relação a Campos, temos uma parceria importante na barreira sanitária. A política, volto a falar, não pode se sobrepor ao que de fato é importante, que é a vida das pessoas.

Folha – A reabertura do Centro de Emergência foi promessa adiada diversas vezes. Também houve mudanças sobre como seria o atendimento, de emergência ou ambulatorial. Por fim, foi reaberto, com o avanço do novo coronavírus, como hospital de campanha. A esperança é que a pandemia seja controlada. Qual será o futuro desta unidade hospitalar? E a Santa Casa, como ficaria, caso sejam retomados os atendimentos no Centro de Emergência?

Carla – Desde o ano passado estávamos melhorando nosso Centro de Emergência com a intenção de reabri-lo, conforme fizemos com a Santa Casa de Misericórdia. Foi necessário, neste momento, transformá-lo em hospital de campanha para atender os casos de média e alta complexibilidade do Covid-19. Tudo isso irá passar, mas não sabemos quando, então não dá para fazer previsão.

Folha – O Congresso aprovou um auxílio de R$ 125 bilhões do governo federal aos estados e municípios diante da crise financeira, advinda da pandemia. Quanto que SJB teria a receber e quais serão as principais destinações dessa verba?

Carla – A Confederação Nacional dos Municípios estimou que São João da Barra deve receber um valor em torno de R$ 3,5 milhões. Mantendo a programação prevista na Lei Orçamentária Anual e como esse valor deveria, ao menos em tese, corresponder à recomposição das perdas de receitas próprias em virtude da crise sanitária e da crise econômica atual, será o mesmo aplicado nas despesas prioritárias do Município, como salário dos servidores, benefícios sociais e funcionamento dos serviços de saúde. Infelizmente, com as alterações do projeto inicial, São João da Barra perdeu muito com a redação final da Lei Complementar n° 173/2020.

A parametrização dos valores do auxílio passou a ser a população de cada município e não mais ao estudo estimativo de que efetiva de receita. Para se ter uma ideia, apenas nos meses de abril e maio de 2020, segundo apurado até o momento, as perdas em relação à transferência do ICMS, em relação à arrecadação no mesmo período em 2019 foram de R$ 1.864.630,01. Ou seja, praticamente em dois meses de crise da pandemia e considerando apenas uma receita própria, as perdas alcançam mais da metade do valor a ser recebido. Então, evidentemente teremos que atuar com mais estratégias disponíveis de gestão pública para redução das despesas contratuais e controle de algumas despesas obrigatórias, a fim de preservar essas despesas prioritárias que mencionamos anteriormente.

Folha – Além da queda nos royalties, SJB sofre com o impacto dos dois últimos repasses de Participação Especial (PE) sobre a produção de petróleo: nada em fevereiro; R$ 5 mil em maio. No primeiro quadrimestre de 2020, no entanto, as receitas do município somaram cerca de R$ 140,2 milhões, superior ao mesmo período de 2019, com receita de aproximadamente R$ 138,7 milhões. O que levou a esse resultado já em meio à crise?

Carla – Essa é uma questão interessante de se debater. Sempre há um número circulando sobre a arrecadação do município de São João da Barra. Então, é preciso a gente esclarecer a realidade. A arrecadação contabilizada pela Prefeitura referente ao primeiro quadrimestre de 2020 é de R$ 125 milhões. No mesmo período em 2019, a arrecadação foi de aproximadamente R$ 127 milhões. A diferença de valores adotados por outras fontes surge porque buscam dados apenas nos relatórios de execução orçamentária da LRF, que são elaborados de forma consolidada, ou seja, arrecadação da Prefeitura, receitas de aplicação do fundo de previdência e ainda alguns valores do fundo especial da Câmara Municipal. E, obviamente, sabemos que determinadas receitas, como, por exemplo, a aplicação de recursos do regime previdenciário próprio não podem ser utilizadas nas despesas correntes, apesar de comporem a base de calculo da Receita Corrente Líquida.

Só para se ter uma ideia mais aproximada, apenas em maio de 2020 essa aplicação do SJBPrev rendeu R$ 3,5 milhões e tal recurso não pode ser utilizado pela Prefeitura. E, mesmo assim, o gestor precisa aprofundar ainda mais a análise técnica para ter real conhecimento da situação: nessa receita arrecadada no primeiro quadrimestre de R$ 125 milhões, há R$ 5,5 milhões referente às emendas parlamentares que obtivemos com deputados federais que apoiam SJB e de verbas transferidas exclusivamente para apoio ao combate da Covid-19. Assim, é um montante classificado como “verba carimbada” a ser aplicada em despesa extraordinária não prevista na Lei Orçamentária. Na verdade, analisando a arrecadação real disponível, percebe-se uma perda de 10% no primeiro quadrimestre de 2020 em relação à arrecadação livre pela aplicação no mesmo período de 2019.

Folha – Fechada em outubro de 2019, em consequências das ações humanas no Paraíba, a foz do rio entre o Pontal de Atafona e a ilha da Convivência foi reaberta em março deste ano, com o volume das águas da chuva. Mas voltou a fechar desde o último dia 23. Há solução para conter a degradação do rio e o avanço do mar em Atafona?

Carla – Essa é uma questão necessária e importante, porém requer grande investimento e somente se viabilizará um dia se tivermos total apoio da União, até por se tratar de competência federal.

Folha – A morte do seu filho único Pedro Machado, em acidente automobilístico na av. XV de Novembro, em 15 de novembro do ano passado, foi uma tragédia que consternou toda a sociedade de SJB e Campos. Onde você buscou forças para seguir em frente e administrar sua cidade? Como essa experiência traumática a mudou como política e mulher?

Carla – A força só encontramos em Deus e na confiança de que Ele tem um propósito para todas as coisas. Os que nos amam querem que sigamos firmes e só assim eles tem paz! Tento transformar o meu luto em luta! É um desafio diário, há a esperança do reencontro! O amor é eterno!








Fonte: Folha da Manhã

São João da Barra prorroga medidas de combate à Covid-19


A Prefeitura de São João da Barra prorrogou as medidas de prevenção e controle da Covid-19 e autorizou, em novo decreto publicado nesta segunda-feira, 8, no Diário Oficial do Município, o funcionamento parcial de estabelecimentos comerciais e de serviços, mantendo as regras de distanciamento social, higienização e proteção pessoal. Os hotéis e pousadas também podem voltar a funcionar para hóspedes em viagens a trabalho, com restrições descritas em portaria da Vigilância Sanitária também publicada nesta segunda-feira. O município mantém o Estado de Calamidade Pública e a obrigatoriedade do uso de máscaras. Também continuam as ações nas barreiras sanitárias. 

As novas medidas vão vigorar até o próximo dia 14, quando o Comitê de Crise volta a se reunir para definir as próximas medidas. A flexibilização, que passa a ocorrer de forma gradativa, é definida de acordo com planejamento conjunto das secretarias municipais de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico e de Saúde, com base em dados técnicos do Setor de Epidemiologia e Vigilância Sanitária. Desde 14 de março a Prefeitura tem adotado uma série de medidas preventivas no município, que ajudaram a controlar a pandemia. 

Em transmissão ao vivo nas redes sociais na noite de domingo, 7, a prefeita Carla Machado disse que a abertura gradual requer conscientização por parte da população. 

— É importante que as pessoas continuem em casa, só saindo em caso de muita necessidade. Se precisar sair, use máscara, álcool 70%, tenha todos os cuidados. Estamos agindo de forma responsável, com cautela e de forma gradativa — recomendou a prefeita.

Comércio e serviços

O decreto autoriza o funcionamento dos estabelecimentos comerciais e de prestações de serviços, exceto academias, barbearias, salões de cabelereiro/maquiagem e estúdios de massagens, sobrancelhas, pilates e manicure/pedicure. Os prestadores de serviços do ramo de alimentos, como bares, restaurantes, lanchonetes, sorveterias, açaiterias, padarias, bolarias e congêneres, só poderão funcionar com retirada no local ou delivery, sendo vedado o self service e a permanência para consumo no local.

Os estabelecimentos devem manter todas as medidas de desinfecção e higienização como o uso de álcool 70% em todos os locais frequentemente tocados e a obrigatoriedade na utilização de máscara. O estabelecimento deve controlar e impedir aglomeração e filas, além de adotar o formato de escala de seus funcionários, priorizando o atendimento a pessoas de grupos de risco e disponibilizando áreas privativas, ou horários distintos do público em geral.

O decreto também prevê sanções aos estabelecimentos que implementarem aumento injustificado de preços de produtos relacionados ao combate ou prevenção à Covid-19. A fiscalização segue sendo feita pelo Procon. 

Espaços públicos e eventos

Seguem suspensas as atividades coletivas e eventos que envolvam aglomeração de pessoas, inclusive esportivos. Também não é permitida a entrada no município de ônibus, vans e outros veículos de excursão. Prédios públicos como Palácio Cultural Carlos Martins, Casa de Câmara e Cadeia, Cine Teatro São João e Estação das Artes Derly Machado também continuam fechados ao público.

O decreto mantém ainda a suspensão de cultos religiosos presenciais e a concentração e permanência de pessoas em espaços públicos de uso coletivo como Balneário de Atafona, Polo Gastronômico de Grussaí, quiosques e praças. E proíbe o consumo de bebidas alcoólicas nos espaços públicos e ao redor de bares, lanchonetes, restaurantes, depósitos de bebidas e similares.

Para evitar aglomerações, também não é permitido frequentar praias, lagoas, rio e clubes com piscina. 

Transporte público

O novo decreto amplia de 30% para 50% a lotação os veículos de transporte coletivo de passageiros, municipal e intermunicipal. Os protocolos de higienização devem ser intensificados e o uso de máscaras segue obrigatório. 

Os táxis e os veículos contratados por aplicativos também deverão adotar medidas de higienização e proteção individual, com limitação restrita a três passageiros, incluindo o motorista. Veículos de passeio poderão ter até cinco ocupantes, desde que da mesma família. 

O transporte público intermunicipal segue restrito aos seguintes casos:
- Passageiros que desempenham atividades consideradas essenciais realizadas por profissionais da Saúde, Segurança Pública, Assistência Social e cuidadores de idosos, por pessoas não residentes no município, mediante comprovação;
- Moradores com residência fixa em São João da Barra, mediante comprovação.

Hotéis e pousadas

O novo decreto autoriza o funcionamento de hotéis e pousadas para atendimento a hóspedes em viagem de trabalho. Cada acomodação deverá ter um hóspede ou até dois, desde que cônjuge, companheiro ou companheira ou membro da família. Áreas comuns do estabelecimento devem permanecer fechadas.

A Prefeitura publicou portaria com normas da Vigilância Sanitária para o funcionamento dos hotéis e pousadas, que incluem desinfecção, higienização e atendimento prioritário para grupos de risco, além de cuidados específicos para alimentos e bebidas. 

Bancos e lotéricas

Estabelecimentos bancários e casas lotéricas deverão funcionar com atendimento presencial exclusivo para pagamento de salário, vencimento, remuneração, Bolsa Família, Seguro Desemprego, aposentadorias, empréstimos, saque do FGTS e demais benefícios sociais, bem como saques de valores com cartões magnéticos e pagamentos de contas essenciais, além do funcionamento dos terminais de autoatendimento. 

Há restrições para número de funcionários e normas de higienização e distanciamento social. Os estabelecimentos também devem reservar no mínimo duas horas por dia para atendimento a pessoas que integram grupos de risco. 

As medidas também valem para as agências dos Correios.

Porto do Açu

Todas as empresas que atuam no Complexo Portuário do Açu devem informar a necessidade de troca de tripulação para a Vigilância Sanitária do município com 48 horas de antecedência à data do embarque, da mesma forma que os serviços emergenciais que se enquadrem como manutenção corretiva, visita técnica emergencial e serviço de fornecimento de suprimentos, inclusive gêneros alimentícios. 

Todos os veículos com destino ao Complexo Portuário, chegados de outros municípios, devem passar pela barreira sanitária do Cepop, em Campos dos Goytacazes. 

Tripulação de procedência de outros países deve cumprir sete dias de quarentena no Brasil e apresentar exame não reagente para Covid-19. 

O decreto mantém a determinação para a obrigatoriedade do uso de máscaras faciais e demais itens de proteção individual em todo o Complexo Portuário. 

Escolas

Instituições de ensino particulares podem funcionar exclusivamente para o recebimento dos valores de mensalidades escolares e realização de atividades administrativas internas, respeitado o limite de 30% dos funcionários.

Barreiras sanitárias

Estão mantidas as barreiras sanitárias fixas e móveis para reduzir a circulação no município. Não é permitida a entrada de veículos com registro de licenciamento e ocupantes de outras cidades, exceto nos seguintes casos:
- Se o condutor e os demais ocupantes comprovarem residência fixa em São João da Barra; 
- Transporte de gêneros alimentícios, combustíveis, produtos medicinais, de serviços de encomendas e outros de caráter essencial; 
- Carros oficiais, ambulâncias, resgates e viaturas; 
- Desempenho de atividades e serviços considerados essenciais realizados por profissionais da Saúde, Segurança Pública, Assistência Social e demais atividades de relevância desempenhadas por pessoas não residentes no município, mediante comprovação.

Serviço público municipal

O horário de expediente nos órgãos da Administração Pública Municipal segue das 13h às 17h, exclusivamente em trabalho interno, sendo o atendimento ao público realizado através de canal alternativo. Os setores devem funcionar com escala de rodízio. 

Os servidores que se encontrarem home office devem permanecer em suas residências durante a jornada integral. Servidores, prestadores de serviços e contratados que integrem grupos de risco devem permanecer no trabalho à distância. 

Os trabalhos desenvolvidos na Secretaria Municipal de Saúde, Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil, Guarda Civil Municipal, Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos e Secretaria Municipal de Segurança Pública são considerados essenciais. Ficam temporariamente suspensas férias, licenças sem vencimento e licença prêmio dos profissionais que possam auxiliar no combate dos casos decorrentes da pandemia.


Confira o decreto (aqui).





sábado, 6 de junho de 2020

Estado do Rio autoriza reabertura de bares, restaurantes e shoppings


Pouco mais de quatro depois de divulgar que, nas últimas 24 horas,foram confirmados 2.134 novos casos de covid-19 e a morte de 146 pessoas devido à doença no Estado do Rio, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), divulgou decreto que flexibiliza as regras de isolamento, permitindo a partir deste sábado (6) a reabertura de bares, restaurantes e shoppings centers, além da volta dos jogos de futebol profissional.

O decreto com as novas regras foi publicado em edição extra do Diário Oficial e divulgado às 23h24 desta sexta-feira (5). Ele autoriza o funcionamento de setores do comércio e da indústria, em horários específicos, e prorroga até o dia 21 de junho a proibição de aulas presenciais nas redes de ensino.

Segundo o decreto, a partir deste sábado, bares e restaurantes podem voltar a funcionar, respeitando 50% de sua capacidade. Shopping centers e centros comerciais poderão funcionar das 12h às 20h, também com limitação de 50% da capacidade, garantindo fornecimento de álcool em gel 70%. As praças de alimentação também podem reabrir, obedecendo ao limite de 50% da capacidade. Áreas de recreação, cinemas e afins devem permanecer fechados.

Equipamentos e pontos turísticos, como Cristo Redentor e Pão de Açúcar, também estão autorizados a abrir para o público, respeitando o limite de 50% de sua capacidade de lotação. Templos religiosos podem funcionar, desde que seja observada a distância de 1 metro entre as pessoas.

O funcionamento dos parques, para a prática de esportes, também está permitido, desde que não haja aglomeração. Ficam autorizadas as atividades esportivas individuais ao ar livre, inclusive em praias e lagoas, preferencialmente próximo à residência. Atividades esportivas de alto rendimento passam a ser autorizadas, desde que sem público e com os devidos protocolos de higienização. Jogos de futebol, portanto, estão autorizados, desde que sem público.

Todos os estabelecimentos abertos devem seguir protocolos e medidas de segurança recomendadas pelas autoridades sanitárias, como assegurar a distância mínima de 1 metro entre as pessoas e disponibilizar álcool em gel 70%. Deve também ser observada a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção facial por clientes e funcionários.

De acordo com o decreto, estão suspensos até o dia 21 de junho as aulas presenciais das redes de ensino estadual, municipal e privada; atividades coletivas em cinemas, teatros e afins; e o funcionamento de academias de ginástica. Em caso de descumprimento das medidas previstas, as forças de segurança pública poderão atuar em eventuais práticas de infrações administrativas e crimes previstos.

Na nota em que divulgou o decreto, o governo do Rio justifica as medidas de flexibilização alegando que “levou em consideração os dados epidemiológicos da Secretaria de Estado de Saúde, incluindo a redução do número diário de óbitos e das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)”.





Fonte: Estadão

sexta-feira, 5 de junho de 2020

Ações e Concurso Virtual na Semana do Meio Ambiente em São João da Barra

(Fotos: divulgação)
A Semana do Meio Ambiente, em São João da Barra, prossegue até esta sexta-feira, 05, quando acontece uma live transmitida pela página oficial da Prefeitura pelo Facebook (https://www.facebook.com/prefeiturasaojoaodabarra), às 10h, com o tema “Qual a relação do meio ambiente com a pandemia”. Também nesta sexta-feira, quando se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, tem o resultado do Concurso Virtual para os estudantes da Educação Básica das redes pública e particular, com o tema "Conhecer para preservar, em tempos de Covid-19”.

As inscrições podem ser feitas até as 23h59 desta quinta-feira, 04, pelo e-mail: forum.semec.sjb@gmail.com ou WhatsApp (22) 98831-4350. Os participantes devem produzir e enviar vídeos de até um minuto e como pano de fundo a preservação dos patrimônios naturais de São João da Barra.


Participam da live a secretária de Meio Ambiente e Serviços Públicos, Marcela Toledo, o diretor do Núcleo de Controle de Zoonoses e vigilância Ambiental, Marcos Moreira Machado, e a secretária de Educação e Cultura, Angélica Rodrigues, que vai divulgar o resultado do concurso de vídeo.

"Estamos recebendo muitos vídeos e orientando os alunos quanto ao formato e duração, de acordo com o regulamento. Esse concurso é uma oportunidade para os estudantes falarem dos nossos biomas e estamos satisfeitos com a interação dos alunos”, destacou o coordenador do programa de Educação Ambiental da Semec, Marcelo Almeida.

Ele reforça que a participação dos pais é importante nesse processo, incentivando e ajudando as crianças na execução dos vídeos, principalmente dos alunos do Fundamental I, que compreende o 1º ao 5º ano.

A realização da Semana do Meio Ambiente é da Secretaria de Meio Ambiente e Serviços Públicos em parceria com as secretarias de Educação e Cultura (Semec), de Agricultura, de Obras e Serviços e com a empresa União Norte, responsável pela coleta de lixo no município. O evento, em formato virtual, tem a programação transmitida pelas redes sociais da Prefeitura e, entre as ações promovidas, estão o plantio de mudas de árvores, limpezas de canais e exibição de vídeos sobre os biomas do município.

O Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado em 5 de junho, a principal data da Organização das Nações Unidas (ONU) para promover conscientização ambiental.







MP aponta indícios de práticas criminosas no Kit Alimentação de Campos

(Foto: divulgação Supcom)
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Promotora de Justiça Tutela Coletiva da Infância e Juventude Anik Rebello Assed Machado, detectou irregularidades na documentação que envolve a aquisição e distribuição dos kits alimentares entregues pela Secretaria Municipal de Educação aos alunos da rede municipal de Campos, no mês de abril, em razão da pandemia. O MP identificou sinais de mau uso do dinheiro público, inclusive com sinais de possível prática criminosa na utilização de verba federal. Cópia de toda documentação foi encaminhada ao Ministério Público Federal e Polícia Federal. A administração pública municipal se posicionou sobre o caso:

"A Procuradoria Geral do Município desconhece este posicionamento do Ministério Público. Vale ressaltar que a Promotoria da Infância e da Juventude não tem atribuição para apurar eventual irregularidade neste caso. Por iniciativa própria, a Prefeitura de Campos consultou o Ministério Público a respeito da possibilidade de efetuar um contrato emergencial. Toda documentação, inclusive a planilha da empresa escolhida aquela que apresentou menor preço considerando, ainda, armazenamento, logística de entrega e de montagem, assim como também serviços e impostos obrigatórios foi enviada de forma voluntária ao MP. Na parte que cabe à Promotoria da Infância e da Juventude, a Prefeitura de Campos já comprovou que os itens que fazem parte dos kits alimentação, distribuídos aos 53 mil alunos da rede municipal de ensino, atendem às necessidades nutricionais e seguem as normas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)." (Nota da Prefeitura de Campos)

De acordo com o MP, a análise dos documentos remetidos pela secretaria indicou que compra dos produtos foi realizada pelo município com dispensa de licitação sob a alegação da necessidade emergencial de atender aos alunos que tiveram as aulas suspensas em decorrência da pandemia.

O MP, após verificar a documentação que requisitou ao município para apuração de possíveis prejuízos às crianças e aos adolescentes que receberam os kits em substituição à merenda escolar, identificou sinais de malversação do dinheiro público e inclusive indícios de possível prática criminosa resultante do uso inadequado de verba federal pelos gestores municipais.

Diante da constatação, o Ministério Público remeteu à Polícia Federal e à Procuradoria da República cópia de toda a documentação para investigação, e se for o caso, responsabilização em relação ao ex-secretário municipal de Educação e a atual gestora da pasta, que na qualidade de ordenadores de despesas firmaram o contrato para aquisição do kit.

Pelo MP também foi enviado para secretaria de Educação do município um ofício requisitando esclarecimentos sobre o motivo pelo qual a distribuição dos kits não foi efetuada no último mês de maio, apesar das aulas permanecerem suspensas, e também cobrada a exibição de calendário prévio com indicação de data e local das próximas entregas p oportunizar a fiscalização e assegurar que o direito à alimentação segura das crianças seja respeitado. 

Sobre a distribuição do kit, a Prefeitura informou que “em função do Lockdown, consequente da pandemia de coronavírus, a entrega da segunda leva dos kits foi adiada. Uma nova estratégia de entrega está sendo elaborada”.

Polêmica do Kit Alimentação da Prefeitura de Campos, levantada pela oposição, sobre possível superfaturamento. Levando em consideração o valor global do contrato, R$ 10.184.681,25, o preço de cada um dos 159 mil kits sairia por R$ 64,05. A matéria mostra que em três estabelecimentos do município — Assaí, Atacadão e SuperBom —, com produtos similares, e até de qualidade superior ao oferecido pelo município, o valor do kit ficou com preço médio de R$ 42,53. A Prefeitura informou que o kit com 10 itens saiu por R$ 41,84, já o que inclui a mistura para mingau, R$ 46,82. De acordo com a administração municipal, para justificar o valor final também deve ser considerado armazenamento, logística de entrega e de montagem, assim como também serviços e impostos obrigatórios na ordem de 12%.







Fonte: Folha da Manhã

quarta-feira, 3 de junho de 2020

5G faz mal à saúde? Entenda os riscos e os rumores da tecnologia


O desenvolvimento das redes de internet 5G ainda causa alguns questionamentos em relação a diferentes pontos de tecnologia e real efetividade nos negócios. Mas, nos últimos anos, a nova geração de internet sem fio seria prejudicial à saúde das pessoas. Notícias falsas, inclusive, a relacionavam com o surgimento do novo coronavírus. Desmitificar esses boatos requer alguma pesquisa.

Antes de mais nada é preciso explicar que as redes 5G, tal como o 4G, o 3G etc., utilizam ondas de rádio para transportarem os sinais de uma antena para o telefone celular ou para outro dispositivo que se deseje conectar à internet. A diferença da quinta geração para as anteriores é que neste caso as frequências utilizadas são maiores.

A faixa de transmissão utilizada na rede 4G, por exemplo, atinge até 2,6 GHz de frequência. No 5G, essa frequência sobe para até 3,5 GHz. Mesmo assim, não há evidenciais científicas que este tipo de radiação cause problemas para a saúde das pessoas. Ao menos, não de forma tão prejudicial.

Em 2014, um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) junto à Agência Internacional de Pesquisa Sobre o Câncer (IARC, na sigla em inglês) classificou a radiação de radiofrequência tão prejudicial para a manifestação de células cancerígenas no organismo como comer legumes em conserva ou usar talco em pó.


Neste ponto é preciso entender o que realmente significa radiação. O termo que é utilizado quase que majoritariamente acompanhado de um aviso intimidador não significa necessariamente algo ruim. A radiação nada mais é do que a propagação de energia de um ponto ao outro. Por exemplo, o calor do Sol ou o calor corporal.

A radiação de radiofrequência não é propagada apenas pelas redes móveis de quinta geração. Esse tipo de energia pode ser emitido também por diversos aparelhos, inclusive smartphones. Neste caso, departamentos de saúde ao redor do mundo devem instruir as fabricantes a manterem um controle de níveis seguros de radiação desses dispositivos.

E isso é feito com certo rigor. No ano passado, a Comissão Federal de Comunicações dos EUA (FCC, na sigla em inglês) chegou a abrir uma investigação contra Apple e Samsung. Testes realizados pelo jornal Chicago Tribune mostravam que alguns aparelhos fabricados por essas duas companhias estariam extrapolando os níveis de radiação permitidos.

Segundo o estudo, a radiação por ondas eletromagnéticas de rádio foi classificada na categoria pelo motivo de que “há evidências que não chegam a ser conclusivas de que a exposição pode causar câncer em seres humanos”. Para efeito de comparação, o consumo de carnes processadas e a ingestão de bebidas alcoólicas é considerado como algo mais prejudicial.

Em um relatório de 2018, a Administração de Drogas e Alimentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) classificou como “aceitáveis” os atuais limites de segurança para a exposição à energia por radiofrequência emitida por celulares. O mesmo vale para o 5G, conforme relatado um porta-voz da agência que faz parte do Departamento de Saúde americano ao Digital Trends.
Sintomas e mentiras

Para Omer van den Bergh, professor psicologia médica da Universidade de Leuven, na Bélgica, é comum que as pessoas busquem atribuir às causas ambientais sintomas como vibrações involuntárias, dificuldades respiratórias e coceiras inexplicáveis. Este tipo de comportamento é caracterizado como intolerância ambiental idiopática ou, simplesmente, doença ambiental.

“Há um grupo de pessoas que tende a atribuir esses sintomas a causas ambientais e isso é o que chamamos de ‘preocupações modernas de saúde’”, disse o especialista ao site Engadget. Segundo ele, a sociedade tende a “assumir que se há um sintoma físico, então com certeza existe uma causa fisiológica por trás”.

Isso não significa, porém, que as pessoas que afirmam que se sentem desconfortáveis por conta de radiações eletromagnéticas devem ser completamente ignoradas já que sintomas psicológicos podem fazer com que a pessoa acredite que equipamentos como torres de transmissão, smartphones e roteadores possam realmente causar desconforto.

Segundo Van den Bergh, esses sintomas realmente existem. Estudos científicos mostram que os pacientes que afirmam sentir desconforto com este tipo de tecnologia realmente ativam partes do cérebro que emitem sinais ao corpo e ao sistema nervoso. Coceira, dor de cabeça e náusea são alguns tipos desses sinais.

Mas este tipo de sintoma não é uma exclusividade das redes 5G ou de mesmo por ondas eletromagnéticas. Pesquisadores afirmam que as pessoas se sentiam desconfortáveis na presença de objetos feitos com vidro durante alguns anos na Idade Média. “As pessoas tendiam a acreditar que se tornariam transparentes”, afirma Van Den Bergh.

O problema aqui é que problemas reais como os mencionados pelo pesquisador da Bélgica estão sendo utilizados para auxiliar na disseminação de fake news a respeito do 5G, a nova tecnologia de transmissão de dados pela internet em alta velocidade.

Um exemplo recente veio justamente com o novo coronavírus. Durante as primeiras semanas após o anúncio oficial da OMS sobre o estado de pandemia causado pelo vírus SARS-CoV-2, grupos de pessoas se reuniram para destruírem antenas utilizadas para a transmissão do sinal de internet sem fio de quinta geração em diferentes regiões do planeta.

O rumor de que a covid-19 teria alguma relação com a quinta geração de internet móvel parece ter sido disseminado inicialmente em um texto sem qualquer base científica publicado no dia 20 de janeiro em um site francês de teor conspiratório. O artigo culpava a construção de torres do 5G em Wuhan, na China, pelo surgimento do vírus.









Fonte: Exame

Semana do Meio Ambiente em São João da Barra


A Secretaria de Meio Ambiente e Serviços Públicos de São João da Barra está promovendo, de 01 a 05 de junho, a Semana do Meio Ambiente, com uma programação virtual e concurso audiovisual para os alunos das escolas do município, em parceria coma Secretaria Municipal de Educação e Cultura. O Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado em 5 de junho, a principal data da Organização das Nações Unidas (ONU) para promover conscientização ambiental.

As atividades serão realizadas on-line, levando em consideração as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), de manter o distanciamento social devido à pandemia da Covid-19. 

Durante toda a semana a população poderá acompanhar pelas redes sociais da Prefeitura ações da Secretaria como plantio de mudas, limpeza de mananciais, exibição de vídeos sobre os biomas e uma live com o tema, com a participação da secretária da pasta, Marcela Toledo, e o diretor do Núcleo de Controle de Zoonoses e vigilância Ambiental, Marcos Moreira Machado, abordando o tema “Qual a relação do meio ambiente com a pandemia”, na sexta-feira às 10h.

De acordo com a secretária, Marcela Toledo, a programação tem objetivo de chamar a atenção para a conscientização e cuidados diários com o ecossistema. 

“Não poderíamos deixar essa data passar em branco e hoje a internet é uma aliada nesse processo de isolamento social que estamos vivendo . Essa reflexão se faz tão importante para chamar a atenção da população para os problemas ambientais e a necessidade da preservação dos nossos recursos naturais”, justificou. 

Concurso - Em sua primeira edição, o concurso virtual para os estudantes da Educação Básica (primeiro e segundo segmentos do Ensino Fundamental e Ensino Médio) tem como tema "Conhecer para preservar, em tempos de Covid-19”. O objetivo é a produção de conteúdos audiovisuais de até 1 minuto, que tenham como pano de fundo a preservação dos patrimônios naturais de São João da Barra, Lagoa Salgada, Reserva Particular de Proteção Natural (RPPN) Fazenda Caruara e Parque Estadual Lagoa do Açu (Pelag), por meio de perspectivas diferentes e criativas dos estudantes.

Os vídeos selecionados serão divulgados nas redes sociais oficiais da prefeitura e os clipes selecionados recebem uma premiação em forma de créditos para telefonia móvel, independente da operadora. As inscrições podem ser feitas a partir da 00h do dia 2 de junho até as 23h59 do dia 4 de junho de 2020 pelo e-mail: forum.semec.sjb@gmail.com ou WhatsApp (22) 98831-4350. O regulamento completo pode ser consultado no link ao final da matéria.


Semana do Meio Ambiente 2020 - 01 a 05 de junho

Programação virtual:

01/06 
8h - Limpeza da Lagoa de Grussaí
9h - Vídeos biomas locais - Parque Estadual Lagoa do Açu (Pelag)

02/06 
9h - Plantio de árvores no Parque Estadual Lagoa do Açu (Pelag)
15h - Video biomas locais - Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Fazenda Caruara

03/06 
9h - Plantio de mudas na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Fazenda Caruara
15h - Vídeos biomas - Lagoa Salgada


04/06 - Plantio de mudas
8h - Atafona
13h - São João da Barra
16h - Grussaí


05/06 
10h - Live - Qual a relação do meio ambiente com a pandemia - com a secretária de Meio Ambiente e Serviços Públicos, Marcela Toledo, e o diretor do Núcleo de Controle de Zoonoses e vigilância Ambiental, Marcos Moreira Machado





Hospitais de Campanha em Campos e Casimiro sem prazo de conclusão


Em meio às investigações e suspeitas de diversas irregularidades em contratos sem licitação para compras relacionadas ao combate da pandemia do novo coronavírus, a Organização Social (OS) Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (IABAS) e o Governo do Estado ainda não garantem a construção dos hospitais de campanha em Campos dos Goytacazes e Casimiro de Abreu. As informações foram divulgadas na noite desta segunda-feira, 1 de junho, pela Agência Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), órgão oficial do governo federal, que segue em “pé-de-guerra” com o governo fluminense, e se referem a uma reunião entre o governador Wilson Witzel (PSC) e representantes do IABAS.

Na semana passada, o Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ) recomendou a paralisação dos pagamentos feitos pelo Estado para a OS, responsável pelas pela construção e operação de 7 hospitais de campanha em território fluminense. A reunião entre o governo estadual e representantes do IABAS teria terminado sem acordo para a conclusão das obras dos hospitais de campanha, mas a OS teria aceitado a decisão de transferir a gestão das unidades para um consórcio privado. Em contrapartida, a OS se comprometeria a apenas concluir as obras, dentre as quais, as de Campos e Casimiro, mas os representantes do consórcio solicitaram mais detalhes sobre as unidades e sobre o contrato estabelecido com o Governo do Rio.

“O próximo passo é a questão legal, documental. As áreas jurídicas do IABAS e do consórcio privado precisam conversar e haverá visitas técnicas a partir de amanhã (2). Precisamos de uma resposta rápida para a população. Não é uma negociação fácil, mas estamos trabalhando para conseguir o mais brevemente possível. Queremos o aval dos órgãos de controle para fazer essa ação e estamos chamando o Ministério Público do Estado do Rio para participar”, contou o secretário estadual de Saúde, Fernando Ferry, à Agência Brasil, na noite desta segunda. O problema para região é que, de acordo com a reportagem, o IABAS teria garantido a entregar ainda esta semana apenas as obras dos hospitais de campanha de São Gonçalo, Nova Iguaçu, Duque de Caxias e Nova Friburgo, deixando de fora das prioridades as unidades de Campos e Casimiro.

Com uma verba de mais de 830 milhões de reais, todos os hospitais de campanha do Estado deveriam ter sido entregues no final de abril, mas apenas a unidade do Maracanã está funcionando, mas sem a capacidade máxima. Tanto em Campos quanto em Casimiro, o prazo inicial para a entrega das obras era para o dia 30 de abril, mas, mesmo antes das investigações da Polícia Federal (PF) que levaram à troca do secretário estadual de Saúde do Rio, o prazo acabou adiado duas vezes, primeiro para 25 de maio, e agora para 12 de junho.






segunda-feira, 1 de junho de 2020

Acabou o dinheiro: Rafael Diniz afirma que os recursos da Prefeitura de Campos estão esgotados


Entre uma crise do mercado de óleo e gás, despesas extraordinárias causadas pela pandemia do novo coronavírus e o pagamento de dívidas, o prefeito de Campos Rafael Diniz (CDN) decretou: “o dinheiro acabou”. A constatação se seguiu ao recebimento da menor participação especial do petróleo da história do Município, no último dia 13, e foi confirmada, esta semana, pela suspensão do fornecimento de energia elétrica de 10 prédios da Prefeitura, incluindo equipamentos culturais importantes como o Teatro Trianon e o Museu Histórico.

A afirmativa retoma e aposenta um antigo bordão de Rafael, em sua passagem pela Câmara, como vereador da bancada de oposição ao governo Rosinha Garotinho (PROS): “dinheiro tem, falta gestão”. Há tempo a Prefeitura dá sinais de dormir com cobertor curto. Atraso no pagamento de terceirizados e de repasse a hospitais da rede contratualizada são apenas dois dos indícios mais recentes.

Mas, especialistas e atores da economia local temem que isso possa comprometer a atuação do Município justamente em um momento em que se espera que o Poder Público aja como indutor da recuperação econômica no pós-pandemia.

Matemática

Em maio, a Prefeitura de Campos recebeu participação especial no valor de R$ 1.113.664,6. Trata-se, segundo o Município, do menor repasse da história, com redução de 81% quando comparado ao recebido no trimestre anterior, de R$ 5.873.604,08, e de 96,5% se comparado ao mesmo trimestre do ano passado, R$ 32.025.198,5.

Dados da Prefeitura mostram um total de perdas de R$ 108 milhões na arrecadação de royalties e participações especiais em 2020, na comparação com o ano passado. O que reforça uma tendência de queda, já que, em 2019, as compensações do petróleo já haviam somado R$ 491 milhões. O valor é menos de um terço do total arrecadado em 2014, quando entram nos cofres do Município R$ 1,6 bilhão — incluindo R$ 250 milhões de uma operação de antecipação de créditos futuros oriundos da exploração da commodity.

Isso representa uma frustração de receitas de mais de 53% em relação à previsão de arrecadação que consta da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2020, que estima a receita e fixa as despesas da Prefeitura no ano.

Adicionalmente, a Prefeitura vem arrecadando menos tributos em razão da pandemia do novo coronavírus. Com os vencimentos prorrogados, os Impostos Predial e Territorial Urbano (IPTU) e sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSqn) renderam, respectivamente, 40% e 20% a menos.


De acordo com o economista Ranulfo Vidigal, mais do que uma frase de efeito, com o objetivo de desviar denúncias semelhantes às que fazia no plenário da Câmara quando vereador, a constatação do prefeito é matemática.

“O Legislativo autorizou, em janeiro último, o Executivo a gastar um total de R$ 1,8 bilhão. Entretanto, a queda da atividade produtiva nacional, estadual e local tende a tirar algo em torno de R$ 100 milhões na forma de transferências federais e estaduais. Além disso, a derrocada da indenização petrolífera tende a retirar outros R$ 250 milhões”, enumera.

Vidigal afirma que o pagamento dos Encargos da Dívida e o repasse de auxílio federal sancionado nesta semana “trazem alívio de algo em torno de R$ 80 milhões”, mas não resolvem o problema de caixa da Prefeitura.

“Liquidamente, o orçamento real do Poder Público vai atingir, no máximo, R$ 1,5 bilhão, contra um compromisso, somente com a folha salarial de 20 mil servidores ativos e inativos, no montante de R$ 1,1 bilhão. Temos, ainda, serviços essenciais como coleta de lixo, iluminação pública, aquisição de medicamentos, merenda escolar etc. Daí que, realmente, o dinheiro acabou”, avalia.

Menos royalties e impostos

O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico Felipe Quintanilha afirma que a queda na arrecadação forçou uma redução “drástica” nas despesas de custeio da Prefeitura desde o início do mandato do prefeito Rafael Diniz, em 2017. Segundo ele, isso ocasionou “a suspensão de diversas despesas que não eram sustentáveis e a diminuição da máquina pública”.

“A redução do custeio impactou diretamente na falta de investimentos. Ainda com o agravante de que a gestão anterior deixou obras inacabadas, como o Parque Saraiva, o Shopping Popular, escolas, UBSs para serem custeadas na atual gestão”, diz o secretário, que reconhece na folha de pagamento “a principal despesa do município”.

Quintanilha afirma que, com o início da pandemia do novo coronavírus, recursos federais têm permitido manter o atendimento à população.

“Esperamos que os repasses continuem ocorrendo, uma vez que os atendimentos de média e alta complexidade são também de responsabilidade dos Governos do Estado e Federal. A Prefeitura não é isolada nesta responsabilidade”, defende.

Depois do vírus

Ranulfo Vidigal estima que a pandemia pode colocar em risco até sete em cada dez vagas de emprego formal de Campos.

“Ao atingir em cheio setores como comércio, serviços não essenciais, entretenimento, lazer, bares e restaurantes e construção civil, a pandemia coloca em risco as micro, pequenas e médias empresas, que respondem por algo em torno de 70% da oferta de empregos na cidade”, prevê o economista.

Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Campos, José Francisco Rodrigues aponta o comércio como “o setor que mais sofre” com o aumento dos casos de covid-19 em Campos. “Mesmo assim, estamos tentando manter empregos e pensando em alternativas para a pós pandemia. No futuro os gestores municipais terão que ser mais disciplinados fiscalmente falando e focar na geração de novos investimentos para gerar novos impostos”.

O secretário de Desenvolvimento Econômico garante que, mesmo com menos recursos que no passado, a Prefeitura ainda terá um papel a cumprir na recuperação do Município após a emergência sanitária.

“O grande ponto durante e pós-pandemia é valorizar produtos e serviços que são de Campos. Fazer com que o dinheiro circule na cidade. Vamos buscar parcerias público-privadas para a Agricultura, especialmente para o nosso Polo Agroalimentar, grande vetor de desenvolvimento agrícola. Também buscamos parcerias para trazer a usina fotovoltaica, que vai empregar muita gente na construção e depois vai tornar Campos um vetor de desenvolvimento através de energia limpa. Estamos buscando trazer empresas para o Município, criando ferramentas para atrair esse polo de investimento, considerando a nossa condição de logística e valorizando o que temos de tecnologia, conforme os diversos programas e projetos de apoio às Start-Ups, empresas de tecnologia, Viva a Ciência, Viva a Ciência na Escola, além do Fundecam valorizando o pequeno negócio”, finaliza Quintanilha.






Fonte: Terceira Via