quinta-feira, 2 de março de 2017

Macaco é encontrado morto no Imbé e CCZ investiga relação com febre amarela

(Foto: Reprodução)
Um macaco foi encontrado morto na região do Imbé em Campos dos Goytacazes e recolhido pelo Grupamento Ambiental Municipal (GAM). A informação foi confirmada por Leonardo Serafim, do hospital veterinário da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), para onde o animal chegou a ser encaminhado para ser mantido no freezer. De acordo com alerta da Vigilância Sanitária estadual, toda morte de primata deve ser comunicada por suspeita de febre amarela.

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Campos informou, em nota, que tem acompanhado a situação do macaco que foi encontrado morto em Conceição do Imbé e que aguarda o laudo para saber a causa da morte do primata. “Vale lembrar que até o momento não foi registrado nenhum caso suspeito de febre amarela no município”.

A Vigilância em Saúde de Campos irá vacinar contra a febre amarela os moradores da região do Imbé nesta sexta-feira (3), das 8h às 16h. A imunização, que iria começar em Dores de Macabu no dia 8, faz parte do novo bloqueio vacinal determinado pela secretaria de Estado de Saúde para atender distritos que possuam áreas de mata atlântica e proximidades. Segundo a diretora de Vigilância em Saúde, Andréya Moreira, o bloqueio começará no Imbé, como forma de prevenção, frente ao aparecimento do macaco morto naquela região.

De acordo com Andréya, não há motivo para pânico, pois não há confirmação se o animal encontrado morreu por febre amarela. "O macaco foi levado para o CCZ de Campos e irá ser encaminhado para o Rio de Janeiro, onde passará por análise para saber qual foi a real causa da morte. Não há motivo para pânico. A vacinação na região do Imbé já estava prevista conforme determinação do Estado. Apenas houve uma troca de data para o início do novo bloqueio, que estava previsto para começar em Dores de Macabu", disse.

A nova fase do bloqueio também irá vacinar os moradores de Ibitioca, Serrinha e Morangaba. Andréya ressaltou que esse momento é apenas uma ação de prevenção. "É importante informar que não há casos de febre amarela", salientou.

No dia 16 de fevereiro, o diretor do CCZ de Campos, Jorgeamado de Almeida Santos, lançou um alerta sanitário. Naquele dia, o diretor solicitou que todos os médicos veterinários que atuam em Campos comunicassem imediatamente às autoridades da Saúde (Vigilância em Saúde/CCZ) fatos relacionados a primatas que sejam encontrados doentes ou mortos para que o órgão realize a sua remoção para o CCZ.

Contaminação — Há duas formas de transmissão da febre amarela. Uma é a silvestre; a outra, urbana. “Na silvestre, a infecção é entre macacos e mosquitos silvestres, que só vivem na floresta. Se uma pessoa entra na floresta, é picada por esse mosquito e vai infectada com o vírus para a cidade, o Aedes aegypti pica essa pessoa e retransmite a doença para outras. Isso caracteriza a febre amarela urbana”, explicou o infectologista Aloísio Falqueto ao G1.







Fonte: Folha da Manhã | G1