(Fotos: Ralph Braz | Pense Diferente) |
O convite da Pequenos Corações é para que a comunidade vista uma peça na cor vermelha, “do amor”, e participe dos eventos, contribuindo para divulgar a importância do diagnóstico precoce, que pode salvar muitos bebês: 1 a cada 100 nascidos vivos é cardiopata. “Quando a descoberta é feita ainda durante a gestação, as chances de sucesso no tratamento aumentam e alguns procedimentos são feitos com o bebê ainda no útero materno. Mas sem o diagnóstico precoce e correto, muitos desses bebês correm risco de morte. A informação precisa sobre a cardiopatia congênita e a parceria com os profissionais de saúde têm sido essenciais para fazer diferença a esses pequenos corações”, defende Larissa Mendes, diretora da associação.
Alerta para a sociedade e para as autoridades, a importância do eco cardiograma e o teste do pezinho. O núcleo da ONG em Campos já existe a quatro anos.
A Dra. Francine Peixoto, Cardiopediatra, falou da importância da conscientização e o esclarecimento a respeito da cardiopatia congênita, uma coisa muito pouco conhecida, principalmente crianças com problema de coração. O problema da Cardiopatia congênita do coração acontece até as oito semanas de gestação, é bem no início da formação do coração, podendo ter uma anormalidade na estrutura, ou na função do coração, e isso vai ficar para sempre na formação do coração da criança.
A anormalidade a gente consegue detectar a partir de vinte e cinco semanas de gestação através de um exame, de chama ecocardiograma fetal, esse exame deveria ser realizado em todas as gestantes para se ter o diagnóstico precoce dessa doença. Dessa forma você consegue planejar o parto da criança, onde vai ser realizado, a criança é encaminhada para a UTI, dando o tratamento ideal para a Cardiopatia Congênita grave.
A Cardiopatia Congênita grave, a incidência é bem alta, em cada cem crianças que nascem uma tem a cardiopatia congênita grave, dessas 30% precisam de internação precoce, precisando de cirurgia precoce nos dois, três meses de vida, ou mesmo nas 48h de vida.
O grande problema do exame ecocardiograma fetal que deveria ser gratuito para todas as gestantes, mais infelizmente o SUS, não cobre esse exame, tem que ser pago, é que não é um exame barato, que varia de R$ 150,00 a R$ 200,00.
Débora Malagraris, é enfermeira mas atualmente não está atuando, tem um filho que é Cardiopata, onde descobri através do cardiograma fetal com seis meses de idade , quando fiz os exames o médico disse que ele tinha cardiopatia grave ele não pode nascer e logo que ele nascer tem que ser operado. Com dois meses de vida ele fez a primeira cirurgia e com sete meses fez a segunda, e com cinco anos ele fez a última cirurgia.
O caso dele não tem cura, mas a cirurgia e para melhorar a qualidade de vida dele. Durante a segunda cirurgia eu conheci a ONG Pequenos Corações .Que pela necessidade de saber sobre o assunto, apesar de conhecer pouco, mas tive que procurar saber mais e dividir o que a gente sabe. Nós mãe queremos ver nossos filhos crescerem, se tornarem adolescentes(emocionada).
Procurando na internet achei, a Pequenos Corações, aí conheci a Márcia, de São Paulo que é a fundadora da ONG. Uma pessoa maravilhosa, e falei para ela que queria trazer a Pequenos Corações para Campos, como poderia fazer isso, se ela poderia me dar alguma dica, aí ela me sugeriu que eu fizesse um núcleo em minha cidade, e que não iria precisar mudar o nome , só apenas acrescentar, núcleo Campos.
Fonte: Pense Diferente