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A Saúde de Campos ganhou mais um capítulo dramático. O aposentado João Pessanha da Silva, de 84 anos, teria ficado esperando atendimento no Hospital Geral de Guarus (HGG) deitado em um banco de cimento após passar por sessão de hemodiálise em outra unidade. A informação foi postada primeiramente no blog do jornalista Fernando Leite e reproduzida no blog do Bastos, do jornalista Alexandre Bastos, hospedado na Folha Online.
Não é a primeira vez que o paciente enfrenta problemas para conseguir atendimento. Na última terça-feira (21), segundo a filha do aposentado, Jailma da Silva, de 52 anos, o pai foi para uma sessão de hemodiálise em uma clínica, mas precisou ser encaminhado a outra unidade por não estar se sentindo bem.
— O médico resolveu interná-lo depois da hemodiálise. De lá mesmo o médico encaminhou. A ambulância levou para o posto da Saldanha Marinho e de lá ele foi para o HGG — declarou.
Ainda de acordo com Jailma, o pai está com pneumonia e água na pleura.
— Ele já é idoso e muito sensível. Ele chegou no HGG por volta das 14h. Fizeram os primeiros socorros, mas não tinha maca para coloca-lo e ele ficou esperando na cadeira. Meu irmão e minha cunhada que estavam com ele tentaram providenciar uma maca, mas disseram a eles que estavam todas ocupadas. Aí foi quando eles acharam melhor colocar o meu pai para deitar no banco para descansar, pois não tinha outro lugar. Meu pai só foi atendido no final da tarde — explicou.
Na tarde dessa terça (22), ainda de acordo com Jailma, João estava internado na enfermaria do HGG, aguardando transferência para outra unidade hospitalar. “Na enfermaria, o médico só passa de manhã. Não deram previsão da transferência, estamos esperando surgir a vaga. Acho um descaso muito grande. Não estamos falando que maltrataram ele, mas não tinha uma maca. Isso entristece. A gente coloca na mão de Deus esperando uma situação melhor” — desabafou.
Em nota, a direção administrativa HGG informou que João, “portador de doença renal crônica, após ter sido submetido a hemodiálise em clínica especializada, foi deixado pela ambulância da referida clínica no HGG para atendimento, pois apresentou intercorrências depois do procedimento”.
Ainda de acordo com a nota, o paciente recebeu atendimento médico adequado e acrescentou também que nos últimos dias, a demanda de atendimento no HGG tem superado a capacidade instalada, mas não deixaram de atender os pacientes.
Fonte: Folha da Manhã