quinta-feira, 30 de junho de 2016

Corpo encontrado na praia de Copacabana repercute na mídia internacional

(Foto: Reprodução Extra)
O caso dos restos mortais encontrados na praia de Copacabana na tarde da última quarta-feira vem repercutindo internacionalmente, com reportagens em alguns dos jornais mais importantes do mundo. No britânico “The Guardian”, por exemplo, há o destaque para o protagonismo da famosa orla, que será palco para a competição de vôlei de praia na Olimpíada, em agosto.

“A descoberta do corpo é a mais recente notícia para deixar nervosa a cidade que já convive com o aumento dos índices de criminalidade e uma crise nas contas do Estado, justamente no momento em que todos esperavam estar comemorando a primeira Olimpíada já realizada na América do Sul”, diz o “Guardian”.

O também britânico “Independent” destaca a proximidade entre o caso de Copacabana e o resgate do traficante Fat Family no hospital Souza Aguiar. O veículo também pontua o aumento da sensação de insegurança presente entre os cariocas, mencionando também o caso dos atletas australianos paralímpicos assaltados recentemente e o assassinato da médica Giselle Palhares, na Linha Vermelha. “A violência vem aumentando a preocupação das autoridades do Rio para a Olimpíada, uma vez que há informações oficiais de que o déficit orçamentário pode afetar a segurança durante os Jogos”, diz o Independent.

Já o jornal espanhol “El Mundo” cita a situação calamitosa referente ao pagamento dos servidores públicos estaduais, com direito à alfinetada nos recursos da União que serão disponibilizados para o reforço da segurança no Rio durante a Olimpíada. “Vários setores do Estado, da polícia à saúde, estão sem receber, o que levou policiais e bombeiros a se manifestarem, semana passada, com faixas estendidas no Aeroporto Tom Jobim: ‘Bem-vindos ao inferno’”, critica o “El Mundo”.

Polícia confirma prisão de policial que divulgou foto

A Polícia Militar confirmou que o policial que divulgou fotos e um áudio sobre o pé encontrando na Praia de Copacabana foi preso administrativamente, na tarde desta quarta-feira. O agente, que não teve a identificação divulgada, compartilhou as informações pelo Whatsapp e pediu para que colegas de profissão enviassem o material à imprensa.

Questionada nesta quarta-feira, a PM alegou que o agente foi chamado apenas para prestar esclarecimentos após o vazamento do áudio. Na manhã desta quinta-feira, porém, a corporação confirmou a informação recebida pelo Extra, de que o policial recebeu prisão administrativa. Segundo a assessoria de imprensa, ele foi liberado após prestar depoimentos.

Leia a nota enviada pela PM:

A assessoria de imprensa da PMERJ informa que o policial foi preso administrativamente, ouvido em depoimento e liberado. O comando do BPTUr vai avaliar a conduta do agente através da resposta dele no Documento de Razão de Defesa (DRD).

De acordo com informações do delegado Fabio Cardoso, titular da Divisão de Homicídios (DH) um procedimento foi instaurado para apurar a aparição um pé e um fragmento de pele humanos na praia. “Foi realizada a perícia no local e iniciou-se um amplo trabalho de investigação para identificar a pessoa, apurar a dinâmica que acarretou a morte e onde esta ocorreu”, informou a Polícia Civil, em nota.

“Não poderia ter acontecido coisa melhor”, disse policial, sobre corpo encontrado

Lotado no Batalhão de Policiamento Em Áreas Turísticas (BPtur), o policial teria enviado um áudio e as imagens logo após ter sido avisado sobre a ocorrência. O material foi amplamente compartilhado por meio do WhatsApp.

"As coisas no Rio estão ficando cada vez piores. Eu estou de serviço aqui na sala de operações do BPTur. Acabaram de achar um corpo esquartejado na praia de Copacabana, atrás da arena de vôlei que estão montando. Parceiro, agora que vão cair em cima desse governo mesmo. Não poderia ter acontecido coisa melhor. Divulguem aí", diz o homem, na gravação.

DH tenta identificar de quem são os restos mortais encontrados em Copacabana

A Divisão de Homicídios (DH) instaurou um inquérito para tentar identificar de quem são os restos mortais encontrados nesta quarta-feira na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio. Segundo nota da assessoria de imprensa da corporação, o delegado Fábio Cardoso, titular da especializada, informou que a perícia no local foi realizada e, logo após, “iniciou-se um amplo trabalho de investigação para identificar a pessoa, apurar a dinâmica que acarretou a morte e onde esta ocorreu”.

m pé e um fragmento de pele humanos foram localizados na areia, nas proximidades da arena montada para os jogos de vôlei de praia. Um vendedor ambulante que passava pelo local contou ao EXTRA que os restos mortais foram retirados da água.

A cena repercutiu na imprensa internacional. “Partes de um corpo são encontrados perto de arena Olímpica em meio a preocupação com a violência no Rio”, disse a ESPN. O “Daily Mail”, da Inglaterra, chamou o episódio de “descoberta macabra”. Já a matéria do também britânico “Independent” traz o título: “Olimpíada Rio 2016: partes de corpo mutilado são achadas perto da arena de vôlei da Praia de Copacabana".

Pode ter vindo de qualquer lugar’, diz comandante sobre corpo encontrado em Copacabana

Tarde de sol, praia de Copacabana cheia e um pé mutilado à beira do mar. A notícia do corpo encontrado por um ambulante em dos cartões postais mais famoso do Rio, nesta quarta-feira, causou surpresa até para o comandante do 19º BPM (Copacabana), o tenente-coronel Murilo Sérgio de Miranda Angelotti. Ele acredita que o estado de decomposição pode dificultar as investigações.

— Não acharam o corpo do australiano lá em Maricá? Pode ter vindo de qualquer lugar. Mas é muito estranho, porque não é um corpo inteiro esquartejado, mas apenas um pé. Acredito que será difícil de investigar. Pode ser até de um corpo afogado que se decompôs — disse o comandante.

Segundo o 19º BPM, ainda não se sabe se o cadáver é de homem ou de mulher. As investigações devem ficar a cargo da Divisão de Homicídios (DH). Até às 16h desta quarta-feira, a Polícia Civil não informou sobre o andamento das investigações










Fonte: Jornal Extra