sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Governo Federal decide decretar intervenção na segurança do Rio

(Foto: Alan Santos)
Atendendo a um apelo do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, que admitiu não ter mais controle da situação, o presidente Michel Temer decidiu decretar a intervenção federal na segurança pública do estado do Rio. O decreto, que o presidente assina hoje, dá poderes totais para o general Braga Netto, chefe do Comando Militar do Leste, sobre todas as forças de segurança do estado, incluindo as polícias Mlitar e Civil, e o autoriza a tomar as medidas que achar necessárias para conter a ação do crime organizado no Rio.

Pelo artigo 60 da Constituição, enquanto o decreto de intervenção estiver em vigor, o Congresso Nacional não pode aprovar qualquer mudança na Constituição, o que significa a suspensão da articulação para votação da reforma da Previdência. O presidente do Congresso, Eunício Oliveira, deverá convocar uma sessão do Congresso 24 horas após a publicação do decreto para que ele seja votado.

Passava das 22 horas quando Michel Temer ligou para Eunício pedindo que fosse ao Jaburu, e já avisando que tinha “um assunto muito grave para resolver”. O assunto grave era a intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro.

— É uma medida muito forte e o interventor fará o que for preciso para retomar o controle da segurança no Rio — explicou Temer.

Quando Eunício chegou já encontrou quase boa parte do ministério reunido. Estavam lá, além do governador Pezão, o ministro da Defesa, Raul Jungman; o ministro da Justiça Torquato Jardim, o ministro da Secretaria Geral de Governo Moreira Franco, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles, o ministro do Planejamento Dyogo Oliveira, e o general chefe do GSI, Sérgio Etchegoyen. A decisão fora tomada a tarde, no Rio, em uma reunião de Jungman, Moreira, e Pezão, sem a presença do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que só chegou a reunião no Jaburu praticamente junto com Eunício.





Fonte: O Globo