sexta-feira, 5 de julho de 2019

Professora assassinada em academia tinha medida protetiva contra ex-marido


A professora Regiane da Silva Santos, de 36 anos, morta a tiros na noite dessa quarta-feira (3), dentro de uma academia, no distrito de Travessão, em Campos, estava sob o amparo de três medidas protetivas, sendo a mais recente requerida em maio deste ano. Segundo a Polícia Civil, a vítima solicitou a proteção na 148ª Delegacia de Polícia (Italva), onde informou ter sido vítima de ameaça, lesão corporal e injúria, imputando os crimes ao marido. O corpo de Regiane foi sepultado na tarde desta quinta-feira (4), no cemitério de Travessão, na localidade de Arraial. Os pais da vítima e pelo menos duas das três filhas que ela teve com o suspeito do crime participaram do velório realizado na Igreja Batista da localidade.

Segundo a polícia, em janeiro e dezembro de 2018, Regiane buscou por amparo legal, mas, não sendo suficiente, voltou a relatar os casos de violência em maio deste ano.
Na noite do crime, parentes de Regiane contaram que ela morava com o marido em Cardoso Moreira e depois de se separar, teria vindo para Campos, onde passou a morar com os pais, em Travessão. Ainda de acordo com a PM, a mulher, enquanto recebia socorro, teria apontado o ex-marido como o autor dos disparos. Com isso, o homem, que até o momento não foi encontrado, é aponta do como principal suspeito do crime.

Logo após o homicídio, a Polícia Militar recebeu a informação, de um caminhoneiro, de que um homem teria se matado na estrada do Periquito, que liga a BR 101, na altura de Travessão, à BR 356, em Sapucaia. O suicídio, no entanto, foi descartado pela polícia.

A Polícia Civil informou ainda que, até o momento, não dispõe de nenhuma imagem da cena do crime. Até o final da tarde desta quinta-feira, nenhuma testemunha havia sido ouvida formalmente na 146ª Delegacia de Polícia (Guarus), onde o caso segue em investigação.

Durante o velório e sepultamento, centenas de familiares e amigos se despediram de Regiane, que era professora de uma escola infantil da rede particular. “Quando nós soubemos do crime, não quisemos acreditar que era ela. Todo mundo aqui conhecia ela e ficou muito triste com a notícia. Como ele tem coragem de fazer isso com a mãe das filhas deles? Não dá para acreditar…”, contou uma amiga da vítima, que pediu para não ser identificada.

Crime — Regiane foi assassinada com cinco tiros, três no tórax, um nas costas e outro na mão, por volta das 20h, dentro de uma academia, na rua Vicente Pelegrini, no distrito de Travessão. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu antes de ser levada para a unidade hospitalar.





Fonte : Folha da Manhã