(Fotos: Mauro de Souza) |
Agentes da Barreira Fiscal apreenderam na tarde desta sexta-feira (01/02) 500 quilos de queijo, tipo branco em um caminhão na BR-101. A abordagem foi durante fiscalização de rotina no Posto Mato Verde, km 45 da rodovia federal. De acordo com os agentes, a carga estava sem documentação fiscal e sanitária, além de estar sendo transportada irregularmente.
A carga vinha em um caminhão baú da cidade de Viana no Espírito Santo com destino à Feira de São Cristóvão, Rio de Janeiro. Os fiscais disseram que ao ser indagado sobre o que continha no interior do veículo, o motorista contou que não havia nada.
“Quando fomos verificar vimos que havia várias caixas, algumas abertas, contendo queijos. O motorista disse que estava fazendo frete, e que tinha recebido cerca de R$ 300,00 para transportar a carga. Na verdade, nós sabemos que isso não é, de fato, verídico, mas não podemos provar”, explicou o agente.
Fiscal agropecuário estadual, Milton Osvaldo dos Santos Júnior, conversou com a reportagem do Site Ururau, e revelou que o produto, por não ter origem legal, e pelo fato de estar sendo transportado irregularmente, poderia apresentar riscos a saúde humana.
“Nós não sabemos de que vaca saiu, se o animal está corretamente vacinado, e quais foram as reais condições de preparo desses produtos. Dessa forma, o consumidor, ao adquirir esses laticínios estaria correndo dois riscos: o primeiro, e o mais comum, seria de uma intoxicação alimentar, até pela incidência de coliformes fecais. O segundo, e mais grave, era de uma intoxicação por zoonose (doença adquirida pelo animal e facilmente transmitida ao homem). Então o indivíduo poderia adquirir uma tuberculose e até mesmo uma brucelose, que são patologias provocadas por consumo de carne e queijo clandestinos”, alertou o fiscal agropecuário.
O caso vai ser encaminhado para a 146ª Delegacia Legal (Guarus) e o material será apreendido, e posteriormente, destruído para ser reaproveitado para outros fins. O motorista e os dois ocupantes do veículo também serão encaminhados à delegacia para prestar esclarecimentos.
Fonte: Ururau