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| (Foto: Ralph Braz) |
Os servidores municipais de Campos estão sem assistência médica, apesar de ainda estarem pagando pelo serviço. O contracheque de uma servidora do mês passado prova a cobrança irregular. De acordo com o presidente do Sindicato dos Profissionais Servidores Públicos Municipais de Campos dos Goytacazes (Siprosep), Sérgio Almeida, a prefeitura não estaria fazendo o repasse ao plano há quase três meses e a dívida já alcança R$ 4 milhões. Com isso, o União Hospitalar (UH) de Saúde teria interrompido a prestação dos serviços desde dezembro do ano passado.
Em meio a toda a problemática que envolve a crise ao atendimento do plano UH Saúde, desde abril do ano passado, quando cerca de 12 mil servidores públicos municipais tiveram de mudar de plano, começaram a surgir reclamações de quem precisou utilizar os serviços. O antigo prestador, o plano de saúde Ases, decidiu não renovar com o município, uma vez que estava há vários meses sem receber o que a prefeitura devia - fato que persiste, aliás, até hoje.
De acordo com os servidores — que tiveram a identidade preservada — as clínicas, médicos e laboratórios conveniados deixaram de atender desde dezembro. “Estou com vários exames prontos desde novembro do ano passado, e desde então, não teve médico para avaliar o resultado. Quando falo que é UH, sou informada da suspensão. Mas, suspenso como, se ainda vem descontando no contracheque, inclusive de fevereiro?”, questiona a servidora.
Outro servidor também faz questionamentos, mas dessa vez, em relação ao destino do valor que está sendo retirado da remuneração mensal. “Para onde está indo esse dinheiro? Por que a prefeitura não se pronuncia? É nosso direito saber os benefícios que receberemos pelo desconto de um serviço que está suspenso”, ressaltou.
Na sede do UH Saúde, em Campos, a informação dos funcionários é de que a prefeitura ainda não teria regularizado as dívidas com a empresa e o serviço vai continuar suspenso. Já o presidente do Siprosep relatou que, em reunião com secretários municipais na última segunda-feira (9), ficou decidido que os servidores vão contar com a Caixa de Assistência para o Servidor Público, que poderá se associar a qualquer unidade de saúde, em breve.
Em nota, a Secretaria de Administração e Gestão de Pessoas informou que, como o contrato não foi rescindido, e o desconto é para dependente e foi autorizado pelo servidor na adesão, é necessário que o próprio servidor solicite o cancelamento do desconto. Sem a rescisão, a prefeitura não pode tirar o desconto sem a autorização do servidor.
Fonte: Terceira Via | Blog Fernando Leite
