(Foto: Ralph Braz) |
O vereador Mauro Silva (PT do B), líder do governo na Câmara de Campos, acena com a proposta de um amplo entendimento com a oposição. O parlamentar considera que a gravidade da crise econômica impõe que os gestores e agentes políticos da região busquem um entendimento para superação do momento difícil para todos. Na planície, não é diferente. Depois de enfrentamentos radicais, Mauro acredita que seja possível unir oposição e situação em busca de alternativas à crise econômica.
O Ururau ouviu Mauro Silva, que destacou: "Nesse momento, diante de uma crise internacional, que gera impacto em nosso país, estado e município, temos que nos unir. A ideia é uma união com todos os segmentos da sociedade e podemos fazer isso ao lado da oposição. É hora de trocar o confronto direto pelo diálogo em busca de alternativas. Esta é a minha proposta. Precisamos repensar. Quando se faz a crítica ao governo, tem que fazer de maneira responsável, seja ao governo do estado, ao governo municipal, as críticas têm que ser baseadas em cima de fatos e verdades. Não adianta a oposição defender 'o quanto pior melhor'. Entendo que a política é arte de dialogar, é conversando que a gente se entende. Precisamos de uma reflexão”, frisou Mauro.
O vereador Rafael Diniz (PPS) não descarta um entendimento pregado pelo líder governista. Ele ressalva, no entanto, que mesmo partilhando do entendimento político, a oposição não abrirá mão de seu ofício: identificar e apontar para população os equívocos cometidos pela administração municipal. “Não fazemos uma oposição radical, estamos abertos ao diálogo e entendemos perfeitamente o atual momento de crise. Mas não vamos deixar de mostrar que o governo também tem a sua parcela de culpa, já que em 2014 o Orçamento superou os R$ 2,4 bilhões e, mesmo assim, a cidade precisou 'vender' os royalties para obter R$ 250 milhões junto ao Banco do Brasil”, afirma Diniz, ressaltando que o diálogo com a oposição sempre existiu.
“Podemos dialogar sem problemas. Inclusive, isso já vem sendo feito. Mas se encontramos algo errado, não vamos deixar de apontar os erros e sugerir alternativas”, completou.
HORA DE GUARDAR AS “ARMAS” - Ao que tudo indica e pelo movimento percebido nos bastidores do parlamento municipal a crise, que tantos problemas criou no município, desde demissão de terceirizados, paralisação de obras, cortes de cargos de confiança e outros “remédios amargos”, poderá propiciar um momento raro, em que governo e oposição guardarão suas “armas” e marcharão juntos pelo entendimento.
Fonte: Ururau