(Foto: Andreia Constâncio/G1) |
O bairro onde moravam as três crianças que morreram afogadas em uma piscina amanheceu em estado de choque. Em toda esquina, os moradores comentam sobre a fatalidade e lamentam a perda tão repentina dos pequenos. O clima de tristeza e comoção também tomaram conta do sepultamento do jovens realizado nesta tarde no Cemitério Municipal de Petrópolis.
Segundo um dos vizinhos da família, que não quis ter seu nome identificado, os pequenos ficavam brincando sempre próximos da residência da família. “Não sabemos o que pode ter acontecido. Eram crianças que gostavam de brincar, como todas as outras da mesma idade. Gostavam de brincar como qualquer criança. Eu sempre via a mãe levando eles para a creche, mas estamos em período de férias, por isso estavam em casa com os outros irmãos”, contou.
R. H. S. A, de 5 anos, M. H. S. A, de 4, e M. H. S. A., de 11 anos, entraram em uma residência que fica na via principal com piscina através de uma trilha parte da servidão onde moram e pularam o muro para ter acesso ao espaço. Os donos do imóvel, um casal de idosos, não percebeu a movimentação segundo a Polícia Militar, e só quando o pai dos pequenos estava no local retirando eles de dentro da piscina e que acionaram o socorro. Moradores do bairro relatam que os menores caíram na piscina e começaram a se afogar, o irmão mais velho de 11 anos, tentou socorrê-los e acabou também se afogando.
“Pelo que me contaram aqui, a menina estava sentada na borda apenas com os pés na água e acabou escorregando para dentro da piscina. O menor, viu a cena e pulou na água. Os dois começaram a se afogar e o maior para tentar socorrê-los também entrou na piscina e se afogou. Uma tragédia, todos víamos as crianças aqui, brincando na rua”, lamentou o vizinho.
Os corpos dos jovens foram liberados por volta das 11h pelo Instituto Médico Legal (IML), e antes mesmo da chegada à funerária, já havia aglomeração de parentes e amigos das vítimas. O velório, que teve início às 12h, recebeu cerca de 200 pessoas e o clima de comoção e muita tristeza tomou conta do sepultamento.
Conselho Tutelar acompanha a família desde 2006
A tragédia reacende um problema antigo e também muito frequente em diversos bairros de Petrópolis. O fato de crianças ficarem sozinhas, andando pelas ruas, mesmo que brincando, sem a supervisão de um adulto. O Conselho Tutelar de Petrópolis, que acompanha a família desde 2006, chegou a ir até o local onde as crianças moravam diversas vezes para averiguar denúncias de que os pais deixavam os pequenos sozinhos na rua. A família tem ainda mais três filhos, além dos que foram vítimas do afogamento, com idade de 14, 12 e 9 anos.
Fonte: Tribuna de Petrópolis