terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Caso Patrícia: testemunhas começam a ser ouvidas

(Foto: Reprodução)
Nesta terça-feira (13), dia em que se completa oito meses da morte da analista judiciária Patrícia Manhães, teve início a audiência de instrução e julgamento do caso. Patrícia foi assassinada no dia 13 de abril de 2016, em frente à sede do Grupamento Ambiental da Guarda Civil Municipal, na antiga sede da Ceasa, no Parque Boa Vista, em Campos. Na audiência, que acontece na 1ª Vara Criminal do Fórum Maria Tereza Gusmão, estão sendo ouvidas testemunhas, depoimentos, apresentação de alegações finais e afins. De acordo com o Tribunal de Justiça, a audiência pode ou não dar sentença do caso, mas isso é de acordo com o juiz. Ao todo, foram expedidos 15 mandados de intimação para audiência e três ofícios para requisição de policial civil para depoimento.O primeiro a ser ouvido foi o irmão da vítima, Marcelo Manhães, que, a pedido do juiz Diego Fernandes Silva Santos, falou sobre o cotidiano do casal.

Um dos questionamentos feitos pela juíza foi se a família percebeu alguma mudança no relacionamento entre a Patrícia e o marido, Uenderson Mattos – que é Guarda Civil Municipal, preso preventivamente desde o último dia 25 de maio como suspeito do crime – no período que antecedeu o homicídio. O irmão de Patrícia relatou que, em dezembro, após problemas de saúde do pai da vítima, houve mudança nas atitudes de Uenderson, que se afastou da família.

Ele contou, ainda, que estava em São João da Barra no dia do homicídio e que o último contato com a vítima foi por telefone, às 17h50, quando a mesma teria passado na casa do pai e informado que estava tudo bem. Às 18h44, ele teria recebido outra ligação, dessa vez de Uenderson, informando que Patrícia havia sido baleada. Marcelo contou que nesse dia, ao chegar ao Hospital Ferreira Machado (HFM), para onde Patrícia chegou a ser socorrida, notou que Uenderson estava frio demais com a situação. Ele falou, ainda, que logo percebeu que não se tratava de um assalto, já que o suspeito segurava os pertences da vítima.

Marcelo contou, ainda, que passou a desconfiar do cunhado quando ele entrou em contradição ao passar algumas informações. Uenderson teria contado que a quantia de R$ 1.500 estaria no painel do carro, porém, mais tarde teria informado que o dinheiro estaria no consoiler do veículo, onde ficou o corpo da vítima após o crime.

Outro motivo que também causou desconfiança, segundo Marcelo, foram ligações efetuadas e recebidas pelo suspeito, através do celular do filho da empregada. Um dos telefonemas teria acontecido no dia do velório de Patrícia. Segundo Marcelo, as ligações não teriam identificação e seriam apagadas em seguida.







Fonte: Folha da Manhã