terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Articulações pela presidência da Câmara de vereadores de Campos



(Foto: Ralph Braz | Pense Diferente)
O prefeito eleito Rafael Diniz (PPS) e o vereador Marcão Gomes (Rede) estiveram reunidos ontem com os vereadores eleitos para a próxima legislatura do chamado “G5” — Enock Amaral (PHS), Igor Pereira (PSB), Jorginho Virgílio (PRP) Marcelo Perfil (PHS) e Silvinho Martins (PRP). Na pauta, a eleição da mesa diretora, para a qual Marcão é candidato declarado e conta com apoio de Rafael. Os cinco fecharam com o parlamentar do Rede e indicarão dois nomes para a mesa diretora: Jorginho Virgílio, como primeiro vice-presidente e Enock Amaral, como segundo secretário.

(Foto: Divulgação | Ascom)
Mesa previamente definida

A composição da mesa que apoia Marcão como candidato a presidente já está praticamente definida. Neste contexto, a vice-presidência será do parlamentar reeleito José Carlos (PSDC). Já o nome do primeiro secretário, um dos cargos mais importantes da mesa, é guardado em segredo por Marcão. A eleição acontece no dia 1º de janeiro, daqui a cinco dias. Acordos só se tornarão reais neste dia, ao ser verificado os votos de todos os que estão habilitados a participar da escolha.

Quantos vão à primeira sessão?
Ainda existe dúvida sobre quantos serão os vereadores que participarão da primeira sessão da nova Câmara de Campos. Os seis eleitos não diplomados Jorge Rangel (PTB), Kellinho (PR), Linda Mara (PTC), Miguelito (PSL), Ozéias (PSDB) e Thiago Virgílio (PTC) — tentam reverter a decisão de Ralph Manhães, mas até o momento não tiveram sucesso. Marcão, mais votado no último pleito, presidirá a primeira sessão. Ele afirma que não tem como chamar os suplentes sem uma decisão da Justiça e, desta forma, a primeira sessão seria realizada com 19 parlamentares.

Nebulosas transações
Quais mistérios escondem as relações financeiras entre o Previcampos e a Prefeitura de Campos? É o que tentará descobrir o Ministério Público Estadual na Ação Civil Pública que tem como réus a prefeita Rosinha, o Município de Campos, o Previcampos, o atual presidente Nelson Afonso Oliveira e Leandro Martins Ferreira, diretor administrativo. De acordo com denúncia recebida, a prefeita publicou diversas suplementações de créditos a fim de justificar essas transferências, sob o argumento de que o Previcampos estaria superavitário, o que não seria verdade, segundo o último cálculo atuarial disponível.

No vermelho
Na denúncia, a promotora Maristela Rebello de Faria cita que “cabe apontar que a avaliação atuarial de dezembro de 2014 demonstra que o Previcampos não está superavitário e sim deficitário”. E ainda destacou: “É certo que o Município passa por dificuldades financeiras; no entanto, curiosamente, foi anunciado na imprensa local a antecipação do pagamento de salários aos servidores municipais”. Não basta parecer que está tudo bem. É preciso estar realmente.

Dação
A Câmara enfrentou tentativas de sessões bastante tumultuadas a respeito do instituto. Depois de uma forte pressão popular, a prefeita Rosinha tirou o projeto que passava para o Previcampos patrimônios públicos do município. No ofício que comunicou a retirada, a prefeita afirmou que a medida era preventiva e que o Instituto possui R$ 900 milhões em caixa. É o que o MPE vai tentar descobrir.

Prioridades
Às vésperas do Natal, a Prefeitura de Campos pagou, somente à construtora Avenida, R$ 6,5 milhões por manutenção de ruas. Em 2012 iniciou a reforma e ampliação do Hospital São José, na Baixada Campista. Valor da reforma: R$ 6,4 milhões. Até hoje não foi entregue.

Confirmado
A partir de 1º de janeiro de 2017, o 56º Batalhão de Infantaria (BI) vai deixar de existir em Campos, pelo menos com este nome. Passará se chamar 2ª Companhia de Infantaria e será comandada por um major, e não mais por um coronel. As atividades serão mantidas, mas haverá uma diminuição do efetivo. Os convênios com a Prefeitura de Campos poderão ser mantidos.






Fonte: Folha da Manhã