sábado, 28 de fevereiro de 2015

EM TEMPO DE CRISE, VEREADOR FRED MACHADO NÃO CONCORDA COM LANCHES NA CÂMARA

(Foto: Ralph Braz)
Na abertura do ano legislativo, o secretário de Governo Anthony Garotinho, disse que por causa de uma crise do petróleo e da redução nos repasses federais e estaduais, o orçamento do município vai encolher R$ 1 bilhão este ano. No ano de 2014, a Prefeitura de Campos teve o maior orçamento de sua história –R$ 2,435 bilhões com superávit de R$ 320 milhões, incluindo o repasse dos royalties de petróleo. Ainda assim, o município iniciou 2015 com dívidas. Em tempos de crise, o vereador de oposição, Fred Machado (PSD), disse que não é a favor dos lanchinhos na Câmara Municipal que ultrapassa o valor de R$ 200 mil.

O que vai definir 2015 é a eficiência da administração junto aos projetos, ou seja, se a prefeitura pagar por aquilo que realmente vale. Mesmo com a redução no orçamento, Campos vai continuar tendo o maior orçamento do estado do Rio de Janeiro”, disse o vereador.

A mulher de Garotinho, a Prefeita Rosinha, enviará à Câmara nos próximos dias uma mensagem com corte de dez secretarias, em vez das seis previstas anteriormente. Outros cortes deverão ser feitos. Por causa da redução de até 50% nas receitas, as obras seguirão em ritmo lento.

“Há várias formas para reduzir os custos sem sangrar o servidor. Mas infelizmente a questão é aprovada na Câmara, a oposição expõe suas idéias, mas vence a maioria. Sou contra, por exemplo, ao lanchinho a cada sessão”, acrescentou.

Entre as alternativas de Fred Machado, está a frota de carros populares ao invés de aluguéis de carros para a prefeita e secretários que custam R$ 8,700 milhões. Ele também citou os gastos da Fundação Jornalista Oswaldo Lima com aluguel de palco que chega a R$ 1,400 milhão, além de R$ 225 mil com tendas.

E se a matemática atingisse o bolso dos vereadores? Atualmente, cada um recebe R$ 13 mil. Na soma dos 25 parlamentares o custo chega a R$ 325 mil. Mas se o salário fosse R$ 9 mil o valor reduziria para R$ 225 mil.

“Sou a favor do que a maioria decidir. Mas assim que nós vereadores assumimos, no início de 2012, sofremos uma redução de 30%. Sem salário não temos como trabalhar, estar nas comunidades vendo as necessidades da população campista. A prefeita tem várias opções para reduzir os custos em tempos de crise”, finalizou.




Fonte: Terceira Via