Leonard Nimoy, o lendário Spock, de "Jornada nas estrelas", morreu nesta sexta-feira, aos 83 anos. O ator, que ficou famoso pela série e pelos filmes de ficção científica, estava em sua casa em Los Angeles. De acordo com a viúva do astro, Susan Bay Nimoy, o ator sofria de doença pulmonar obstrutiva crônica.
Nimoy anunciou no ano passado que sofria da doença, atribuída ao hábito de fumar, que ele manteve por anos, tendo abandonado o cigarro há mais de três décadas. Ele estava internado desde segunda-feira em um hospital na Califórnia.
Suas atividades artísticas — poesia, fotografia e música, além da atuação — iam muito além da Federação dos Planetas Unidos, mas foi como Sr. Spock que Nimoy virou praticamente um herói do folclore, dando vida a um dos personagens mais inesquecíveis da segunda metade do último século: um embaixador vulcano cerebral e impertubável, com suas orelhas pontudas e a célebre saudação, seguida do sinal com os dedos: "Vida longa e próspera".
Nimoy dava aulas de atuação em seu próprio estúdio quando foi escalado para "Star Trek", série de televisão exibida em meados da década de 1960. Mais tarde, ele disse ter desenvolvido uma "identificação mística" com o personagem, o estrangeiro solitário da nave estelar.
No entanto, ele também reconhecia a ambivalência de ser amarrado ao personagem, deixando isso claro no título de suas duas autobiografias: "Eu não sou Spock", publicada em 1977, e "Eu sou Spock", de 1995.
Na primeira, ele escreveu: "com Spock, eu finalmente achei o melhor de dois mundos: ser extremamente reconhecido pelo público e ainda assim ser capaz de continuar interpretando o alienígena isolado através do personagem de Vulcano".
Fonte: G1