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| (Foto: Ralph Braz) |
Pacientes que sofrem de Mal de Parkinson e Alzheimer, que precisam da ajuda da Prefeitura de Campos, contam com a sorte para conseguirem medicamentos na rede pública. É o caso de Leonino Henriques da Mata, de 84 anos, que desde 2011 não consegue o benefício. A filha de Leonino não quis se identificar, mas mostrou a receita para adquirir o remédio Levodopa + cloridrato de benserazida. Ela também reclamou das limitações do atendimento no Centro de Saúde do município.
“Vários usuários do Centro de Doença de Alzheimer (CDA) vão vivendo na incerteza. Meu pai se locomove por meio de um andador. Eu cuido dele e corro atrás dos remédios. O atendimento aqui na farmácia acontece de 8h às 12h, sendo as senhas entregues às 7h. Em menos de uma hora todas já foram entregues e a fila é grande, com pouca gente para atender. Vou precisar abrir um novo processo que é burocrático. Em quatro anos de tentativa estamos tendo que arcar com os custos tirando da aposentadoria. Se dependesse da prefeitura, meu pai estaria em uma situação difícil”, questionou a filha de Leonino, dizendo que por mês precisa de dois vidros de remédio, cada um no valor de quase R$ 70.
Uma paciente transplantada, que também preferiu não se identificar, por medo de não conseguir mais os remédios, disse que entrou em desespero quando soube que não conseguiria os imunossupressores, responsáveis pela não rejeição do órgão doado. Mas, felizmente, ela conseguiu uma doação de uma paciente atendida em uma rede particular.
“Eu tomo 150 comprimidos/mês de imunossupressores e 60 comprimidos/mês que influenciam na resposta imunológica. Desde o final do ano passado falta medicamento na farmácia de distribuição da prefeitura e a sensação é de pânico para quem precisa. Por outro lado, tive a sorte de receber a solidariedade de uma pessoa transplantada que não precisava mais fazer o uso do remédio”, disse.
O Centro de Saúde, ligado à Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Campos, é situado na Rua Gil de Góis, no Centro.
Sempre respeitando o princípio do contraditório e buscando as diferentes versões para um mesmo fato, o jornal Terceira Via entrou em contato por e-mail com a assessoria de comunicação da prefeitura, sem obter resposta. Ainda assim, o jornal aguarda e publicará versão do secretário Municipal de Saúde, Francisco Arthur de Souza Oliveira, para este fato.
Fonte: Terceira Via
