(Foto: Ralph braz) |
Após o Carnaval, o ano começa com cobranças das mais variadas envolvendo a Prefeitura de Campos, que também enfrenta uma queda de arrecadação que pode chegar a R$ 800 milhões. Médicos, professores e o sindicato dos servidores já tornaram públicas suas pautas de reivindicações. Diante dos possíveis protestos, o subsecretário de Governo da Prefeitura de Campos, Thiago Godoy, garante que “a secretaria de Governo sempre esteve de portas abertas para receber a sociedade civil organizada e as suas reivindicações”.
Após assembleia realizada no último dia 12, o Sindicato dos Profissionais Servidores Públicos Municipais de Campos (Siprosep) resolveu colocar a boca no trombone e promete uma grande manifestação no dia 23 de março, às 8h, na sede da Prefeitura de Campos. De acordo com o diretor do Siprosep, Fábio Almeida, os principais questionamentos serão: Vale-Transporte, Plano de Cargos e Salários e Plano de Saúde. Os servidores também irão reivindicar um reajuste salarial de 12%. “A defasagem dos últimos cinco anos da correção dos salários dos servidores, usando o paradigma do reajuste do salário mínimo, aponta uma perda de 45% nominais”, diz o Siprosep.
No início deste mês, os professores da rede municipal também tornaram pública a sua pauta de reivindicações. A classe cobra o cumprimento da redução da carga horária, 1/3 para planejamento e melhor estrutura nas escolas. Além disso, as professoras protestam contra os novos critérios do Rio Card.
No mesmo embalo, o Sindicato dos Médicos de Campos (Simec) divulgou nota cobrando “um piso salarial digno para a categoria reduzindo a forma de remuneração por gratificação, não incorporadas ao salário e ausentes na aposentadoria do profissional, e a implantação imediata do Plano de Cargos e Salários, prometido pelos vários governos que se sucederam e não cumprida, embora exigida pela Lei Orgânica da Saúde 8080”.
Indagado sobre as cobranças dos mais variados segmentos, o subsecretário de Governo, Thiago Godoy comentou: “Não somos covardes e estamos abertos ao diálogo. Se o debate for político, vamos enfrentá-lo no campo político, se for administrativo, vamos discutir na esfera administrativa. A Secretaria de Governo sempre esteve de portas abertas para receber a sociedade civil organizada e as suas reivindicações”, afirmou Thiago, ressaltando que o governo Rosinha Garotinho (PR) valoriza o servidor.
— O governo concedeu vários benefícios através do programa de valorização do servidor, como o plano de cargos e salários dos profissionais da educação e a implementação de gratificações para várias outras categorias — completou Godoy.
Sobre o diálogo, Thiago Godoy lembrou que, nos últimos meses, representantes do movimento “Educadores em Luta” e do Sepe foram recebidos pelas secretarias municipais de Educação e Administração. Já o Sindicato dos Médicos foi recebido pela Fundação Municipal de Saúde, pelas secretarias de Saúde e de Administração, para tratar das suas demandas. “O governo não deixa de escutar ninguém”, frisa Thiago.
Fonte: Folha da Manhã