quarta-feira, 8 de julho de 2015

MÉDICOS DOS HOSPITAIS CONVENIADOS ESTÃO EM ESTADO DE GREVE

(Foto: Reprodução)
Os médicos que atuam nos hospitais conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS), em Campos, estão em estado de greve. Eles participaram de uma assembléia na noite de terça-feira (7) na sede da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia (SFMC) e discutiram o atraso no pagamento dos serviços prestados na rede pública de saúde. O Sindicato dos Médicos de Campos (Simec) está produzindo um documento para requerer uma reunião urgente com o Procurador do Município, Matheus da Silva José, e com a prefeita Rosinha Garotinho, para encontrar uma solução antes que o atendimento seja interrompido.

De acordo com o presidente do Simec, José Roberto Crespo, a categoria pede que o pagamento das consultas e cirurgias seja feito diretamente aos médicos. No procedimento atual, o Ministério da Saúde e a Prefeitura de Campos repassam a verba do SUS ao Fundo Municipal de Saúde (FMS) que, por sua vez, encaminha aos hospitais e, posteriormente, o valor é depositado na conta dos profissionais. O Ministério da Saúde estaria repassado em dia, mas a prefeitura ainda não teria repassado a complementação municipal desde março deste ano. 


“Os médicos que prestam serviço nos hospitais conveniados não têm vínculo trabalhista. Isso significa que eles recebem apenas por produtividade. Como a prefeitura não repassa a verba do SUS às unidades hospitalares desde o mês de março, os médicos também deixaram de receber seus pagamentos. No entanto, alguns profissionais estavam com os vencimentos atrasados há mais tempo. Eu, por exemplo, não recebo desde novembro do ano passado”, explicou José Roberto.


Em Campos existem dois hospitais públicos — Hospital Ferreira Machado (HFM) e Hospital Geral de Guarus (HGG) —, nos quais os médicos são contratados e recebem salários mensais. Já nos cinco hospitais conveniados — Hospital Beneficência Portuguesa, Santa Casa de Misericórdia, Hospital Abrigo João Viana, Hospital Escola Álvaro Alvim e Hospital Plantadores de Cana — os médicos recebem apenas pelas horas trabalhadas.


O presidente do Sindicato pediu sensibilidade por parte do poder público municipal. “Os médicos estão desmotivados a trabalhar. É importante lembrar que nós também somos cidadãos que precisamos receber quitar contas e dívidas, assim como qualquer profissional de outra área. Além disso, a saúde deveria ser uma prioridade, porque o que está em jogo é a vida da população. Esperamos que a prefeita entenda a seriedade do problema”, concluiu.






Fonte: Terceira Via