quinta-feira, 3 de outubro de 2013

EDUCANDÁRIO DOS CEGOS: HÁ MAIS DE 50 ANOS TRAZENDO INDEPENDÊNCIA E QUALIDADE DE VIDA

(Foto: Divulgação/ Secom)

O Educandário dos Cegos São José Operário existe há mais de 50 anos e atende as regiões norte e noroeste com projetos voltados às pessoas com visão subnormal ou perda total, desde o aprendizado do sistema braile, até a preparação para vestibular e/ou concurso público e adaptação para uma vida independente. Ao todo são 23 programas que acontecem devido à parceria com a Prefeitura. Recentemente, a entidade recebeu R$ 18.816,86 referentes a mais uma parcela do convênio e, segundo a diretora, Cristina Salgado, o recurso é fundamental para que continue garantindo a independência e a qualidade de vida das pessoas com deficiência.

Lázaro Gomes Neves Silva, 23 anos, frequenta o Educandário desde os 15, quando perdeu a visão por completo. Ele, que estudava em uma escola regular, precisava ser alfabetizado em braile, sistema de leitura com a utilização do tato, e encontrou na entidade a oportunidade de prosseguir nos estudos. No Educandário aprendeu todas as matérias dos Ensinos Fundamental e Médio, além do auxílio para adaptação à nova vida. “Quando perdi a visão, entrei em depressão e foi aqui que aprendi que a vida não havia acabado. Conheci pessoas maravilhosas e hoje considero o Educandário minha segunda família”, disse.

O mesmo aconteceu com a professora Evanilda Martins Nogueira, 62 anos, que há 33 ministra a disciplina de Sistema Braile aos outros assistidos pela entidade. “Eu me encontrei aqui e, depois de conhecer esse lugar, muitas portas se abriram pra mim. Hoje, além de ser professora, eu viajo, eu saio, eu danço, faço tudo”, contou Evanilda.

De acordo com a diretora da entidade, Cristina Salgado, é o convênio com a prefeitura que mantém a casa, que foi a segunda do Estado a atender aos deficientes visuais, hoje referência na região. “Nós somos um centro completo de reabilitação, que promove a acessibilidade no sentido mais amplo da palavra, com acesso à cultura, ao lazer e, principalmente, à rotina dos que não enxergam. Aqui eles aprendem como viver em sociedade e esse recurso público é de fundamental importância para que os projetos continuem existindo e ajudando tantas pessoas”, finalizou a diretora.


Fonte: Secom