quinta-feira, 24 de outubro de 2013

HIRANO DIZ QUE MANIFESTAÇÃO DE PROFESSORES FOI MANIPULADA

(Fotos: Ralph Braz)

Um dia após a Câmara fechar as portas com cadeado e barrar a entrada de professores, os vereadores da bancada governista criticaram os manifestantes e afirmaram que o movimento foi “montado por um grupo”. Porém, na visão dos vereadores da bancada de oposição, os governistas não podem desqualificar “o movimento por conta de uma minoria”.

Na tribuna da Câmara, o vereador Paulo Hirano (PR), líder do governo Rosinha na Casa, comentou sobre a manifestação. Segundo Hirano, o “movimento foi montado por pessoas de fora”.

— Respeito muito os professores. Todos estamos ao lado dos verdadeiros educadores. Porém, o que vimos ontem foi um movimento montado. Tinha gente tentando induzir os nossos nobres professores. Montaram um movimento dizendo que estaríamos votando aumento salarial. Não se deixe influenciar por pessoas importadas. Tinha um indivíduo que saiu de Recife e é ligado ao PSOL. Estavam dizendo que iam invadir esta Casa. Não vamos permitir isso. Os professores não podem deixar essa gente de fora manipular as coisas. Ofenderam Dr. Abdu com palavras de baixo calão. Não acredito que isso partiu dos nossos professores e dos cidadãos campistas — disse Hirano, que recebeu o apoio dos vereadores Jorge Magal (PR), Albertinho (PROS), Linda Mara (PROS) e Dayvison Miranda (PRB).

Com outro ponto de vista, a bancada de oposição afirmou que os governistas tentam desqualificar o movimento.

— Falar mal do movimento é tentar desqualificar um grupo que merece um melhor tratamento e uma vida melhor. Não podemos ficar satisfeitos com o que vem sendo dado aos professores da nossa cidade. Eles merecem ser mais valorizados e respeitados — disse Fred Machado (PSD).

Para Rafael Diniz (PPS), nada justifica o fato da Câmara ter sido trancada durante os debates sobre o Orçamento. “Uma minoria estava querendo atrapalhar. Mas os próprios professores se posicionaram sobre isso. O que não podemos aceitar é a Câmara trancada e a falta de um debate sério sobre os nossos educadores”, disse Diniz.


Fonte: Folha da Manhã