sábado, 17 de agosto de 2013

PROFESSORES DA REDE MUNICIPAL DE CAMPOS IRÃO CRUZAR OS BRAÇOS DIA 30



Convocados pelo movimento Educadores de Campos em Luta, os professores da rede municipal de Campos decidiram ontem à noite, em assembleia realizada no auditório da Universidade Federal Fluminense (UFF), cruzar os braços no próximo dia 30 de agosto, em adesão à paralisação nacional e pelas reivindicações junto ao poder público municipal. Cerca de 400 compareceram à assembleia, segundo a assessoria.

O movimento, ao que parece, surge como uma dissidência do Sepe, alegando que a entidade não estaria representando a categoria como deveria.

Abaixo, todas as revindicações da categoria:

1- Aumento do piso salarial que ano a ano vem se defasando;
2- Inclusão de 40% de regência sobre o salário base para todos os professores;
3- Revisão do plano de cargos e salários e de letras;
4- Incorporação ao piso salarial, da gratificação da graduação e da pós-graduação;
5- Retorno dos 3% a cada 40 horas de curso anual:
6- Cumprimento e implementação da lei federal 11.738/2008 (que estabelece que 1/3 da carga horária seja reservado para planejamento):
7- Aumento do vale alimentação para R$ 400,00;
8- Eleições para diretores de escolas, já;
9- Inclusão dos dependentes no plano de saúde;
10- Reabertura das escolas públicas no campo com professores concursados e transporte gratuito para alunos oferecidos pela prefeitura de Campos;
11- Convocação dos professores aprovados no último concurso.
Ainda, durante a assembleia vários professores tiveram a oportunidade de expor demais propostas, da mesma forma que muitos desabafaram sobre diversas situações enfrentadas e degradantes, entre elas, a falta de respeito que estariam sofrendo por parte da administração municipal que, segundo eles, nega direitos do servidores como a não liberação de licença especial, além da falta de infraestrutura nas escolas, o que impede o exercício profissional de qualidade por parte da maioria dos professores, salas superlotadas e multisseriadas e alunos com diversos problemas. “O movimento reconhece que por muito tempo, os professores municipais de Campos ficaram adormecidos, mas, com o efeito das grandes manifestações que têm ocorrido pelo país, bem como o exemplo do Movimento Educadores da cidade de Macaé, que tem sido destaque pela luta substancial que fez com que os professores conquistassem vitórias ao se mobilizarem e indo para as ruas com cartazes e unidos pelo mesmo ideal e cuja categoria é considerada uma das que tem o maior piso salarial (2.179,99) do Norte Fluminense. E, assim sendo, acabou por contagiar o movimento em Campos para acordar e partir para a luta também”.


Fonte: Blog Em Tempo (de Cilênio Tavares/ Folha da Manhã)