Reportagem publicada nesta quarta-feira (7) no site do jornal britânico "Financial Times" cita que o império de empresas de petróleo, mineração e logística de Eike Batista, o "magnata" que antigamente era o homem mais rico do Brasil, está "implodindo".
A publicação traz o exemplo do esforço, até agora sem retornos, do empresário para a construção do estaleiro da OGX, "um complexo no valor de US$ 40 bilhões", no Porto do Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro. "OGX, sua empresa de petróleo carro-chefe, está à beira da falência depois de declarar, em julho, que seus poços produtores fracassaram e podem ser desligados".
A OGX anunciou no início de julho que não mais investirá no aumento da produção de Tubarão Azul, na bacia de Campos. A empresa disse ainda que a extração poderá parar no ano que vem, citando que no momento não há tecnologia capaz de viabilizar os investimentos adicionais.
Para demonstrar a dimensão do espaço onde está localizado o complexo no Açu aos estrangeiros, o texto cita que a área tem "uma vez e meia o tamanho da ilha de Manhattan", em Nova York.
"São João da Barra se tornou o cenário da batalha de Davi e Golias entre os pequenos fazendeiros da região e Eike Batista", cita o texto, referindo-se à "expropriação em massa de famílias em terras vizinhas". O texto acrescenta, contudo, que Eike aparentemente não está lá tão preocupado com a "briga feia" com os pequenos agricultores.
A publicação diz, ainda, que o magnata "encarna melhor que qualquer outro a euforia sobre o Brasil e outras nações do Brics na primeira década do século 21" e diz que a queda de seu império é um teste para seu "exército" de parceiros e investidores estrangeiros.
Cita, ainda, que a fortuna de Eike, que foi estimada no ano passado em mais de US$ 30 bilhões, foi reduzida a cerca de US$ 200 milhões, de acordo com a lista de bilionários da Bloomberg.
Fonte: G1