A nomeação de Thamires da Silva Lima, de 19 anos, como nova subsecretária estadual de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, gerou forte repercussão entre profissionais do setor. Ex-vereadora de Campos dos Goytacazes e filha do deputado estadual Thiago Rangel (PMB), Thamires deixa a Câmara Municipal — onde era a mais jovem parlamentar eleita do país — para assumir um dos cargos de maior responsabilidade na estrutura ambiental fluminense.
A Associação Profissional dos Engenheiros Florestais do Estado do Rio de Janeiro (APEFERJ) divulgou uma nota pública criticando a escolha. No comunicado, a entidade afirma que a nomeação de uma pessoa “sem experiência técnica comprovada ou trajetória reconhecida na área ambiental” representa “um indicativo de desvalorização profissional” e coloca em dúvida o compromisso do governo estadual com a agenda ambiental.
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“Uma nomeação dessa natureza coloca em risco a eficácia das políticas públicas e a proteção do patrimônio natural fluminense”, destacou a associação.
Segundo informações divulgadas por técnicos da área, Thamires concluiu o Ensino Médio em 2024 e não integrava a Comissão de Meio Ambiente na Câmara de Campos. A escolha teria sido motivada por indicações políticas ligadas ao deputado Thiago Rangel, o que reacende o debate sobre critérios técnicos e influência política em cargos estratégicos do governo.
Apesar das críticas, defensores da jovem destacam a importância da renovação, da juventude e da presença feminina em espaços de poder, apontando que novas perspectivas podem contribuir para uma gestão mais moderna e participativa.
A Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (SEAS) ainda não se manifestou oficialmente sobre o teor das críticas da APEFERJ.
