O Governo do Estado do Rio de Janeiro avança na maior restauração do Parque Lage em mais de 100 anos. O palacete histórico, um dos símbolos culturais mais admirados da cidade, está passando por uma intervenção inédita conduzida pela Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas (SEIOP). O investimento de R$ 21,4 milhões busca unir modernização, preservação e valorização do patrimônio tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A reforma inclui melhorias estruturais, acessibilidade, climatização, iluminação e novos sistemas elétricos, hidráulicos e de combate a incêndios. Segundo o governador Cláudio Castro, o objetivo é resgatar a essência do local sem perder de vista o futuro. “Estamos reformando o Palacete do Parque Lage mantendo a sua essência, garantindo que esse patrimônio histórico continue vivo para as próximas gerações, valorizando a cultura e fortalecendo o turismo da nossa cidade”, afirmou.
Restauração minuciosa revela pinturas originais
A intervenção mobiliza equipes especializadas em restauro, que trabalham com bisturis, espátulas e solventes em gel para não danificar as estruturas originais. A restauradora Alice Torres explica que o processo é detalhista e visa resgatar as camadas históricas escondidas sob décadas de tinta. “Aqui na biblioteca, encontramos uma pintura decorativa original, que estamos tentando recuperar. São diversas camadas sobrepostas, e precisamos removê-las com cuidado para identificar o estado do material e definir o melhor procedimento de reintegração”, disse.
A previsão é que as obras sejam concluídas até julho de 2026. O secretário de Infraestrutura e Obras Públicas, Uruan Andrade, reconhece o desafio técnico envolvido. “É um trabalho complexo, porque precisamos deixar tudo o mais parecido possível com o que era originalmente. Nossas equipes são capacitadas e vão entregar esse importante equipamento cultural do Rio totalmente restaurado”, destacou.