(Foto: Ralph Braz | Pense Diferente) |
Sem tempo hábil para os advogados conseguirem recursos que possam devolvê-los a liberdade, os presos condenados pela juíza Daniela Assumpção, no caso das “Meninas de Guarus” foram transferidos para a Penitenciária Carlos Tinoco da Fonseca.
Nove pessoas foram presas na manhã desta quinta-feira (09/06), numa operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
Leilson Rocha da Silva, vulgo Alex, já estava preso antes da conclusão do processo. O policial Fábio Lopes da Cruz, foi preso no Rio de Janeiro, também nesta quinta. Dois condenados não foram encontrados nos endereços onde moram e foram considerados foragidos, o professor Dovany Salvador Lopes da Silva e o empresário Gustavo Ribeiro Poubax Monteiro, ambos condenados por estupro de vulnerável.
No início da noite, os presos, com exceção do policial militar, que deve cumprir pena em dependências próprias da Polícia, todos os condenados presos em Campos foram levados para a Penitenciária Carlos Tinoco da Fonseca. Os condenados que cursaram terceiro grau tem direito a cumprir pena em Bangu 8, no Rio de Janeiro, mas segundo o advogado de um deles, todos preferiram cumprir o tempo de reclusão em Campos, onde ficarão mais próximos dos familiares.
Quando o carro da SEAP (Secretaria Estadual de Administração Penitenciária) estava se preparando para deixar a 134ª Delegacia, com os presos, duas oficiais de Justiça chegaram, pedindo para que o veículo não partisse, já que elas teriam que dar ciência aos presos sobre uma sentença. Imediatamente familiares dos presos começaram a comemorar, acreditando que pudesse se tratar de um Habeas Corpus, mas só após os presos serem levados para a penitenciária o equívoco se esclareceu. O advogado João Paulo Granja explicou que quando há uma sentença condenatória o juiz precisa dar ciência ao condenado, até para que ele possa recorrer, o que ainda não havia ocorrido, por isso a pressa das oficiais de Justiça.
Granja é advogado do empresário Renato Duarte, condenado a 14 anos de prisão e do réu absolvido, Luís Augusto Nunes Maciel. Ele tem expectativa que na próxima segunda-feira possa conseguir a liberdade do seu cliente condenado.
CONDENADOS
01) Leilson Rocha da Silva - 31 anos e um mês de prisão - Condenado por Cárcere privado, quadrilha armada, rufianismo, estupro de vulnerável e exploração sexual
02) Ronaldo de Souza Santos - 31 anos e um mês - Condenado por Cárcere privado, quadrilha armada, rufianismo, estupro de vulnerável e exploração sexual e tráfico de drogas
03) Thiago Machado Calil - 25 anos e oito meses - Condenado por Condenado por Cárcere privado (de 14 vítimas), quadrilha armada, rufianismo, estupro de vulnerável e exploração sexual
04) Fabrício Trindade Calil - 25 anos e oito meses - Condenado por Condenado por Cárcere privado (de 14 vítimas), quadrilha armada, rufianismo, estupro de vulnerável e exploração sexual
05) Renato Pinheiro Duarte - 14 anos - Condenado por rufianismo, exploração sexual e estupro de vulnerável
06) Nelson Nahim Matheus de Oliveira (ex-presidente da Câmara de Vereadores) - 12 anos - Condenado por estupro de vulnerável, coação no curso do processo e exploração sexual de adolescente
07) Fabio Lopes da Cruz - Oito anos - Condenado por estupro de vulnerável
08) Dovany Salvador Lopes da Silva - Oito anos – Condenado por estupro de vulnerável
09) Gustavo Ribeiro Poubaix Monteiro - Oito anos - Condenado por estupro de vulnerável
10) Robson Silva de Barros Costa - Oito anos - Condenado por estupro de vulnerável
11) Marcos Alexandre dos Santos Ferreira (ex-vereador) - Sete anos - Condenado por estupro de vulnerável
12) Cleber Rocha da Silva - Seis anos e seis meses
13) Jayme Cesar de Siqueira - Seis anos - Condenado por estupro de vulnerável
14) Sergio Crespo Gimenes Junior - Um ano e seis meses - Condenado por coação no curso do processo
Fonte Ururau