Banhistas não vêm respeitando os avisos e acabam entrando nas águas das praias da região que estão impróprias para banho, mesmo com as placas de alerta sobre a contaminação da água. A informação foi divulgada através de relatório do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Inea) no último dia 17 de dezembro, indicando que algumas praias da região estão impróprias para banho por apresentarem um alto número de coliformes fecais. O órgão informou ontem que às prefeituras cabe sinalizar, mas a responsabilidade de entrar ou não, no mar, é das pessoas. De acordo com o último boletim de balneabilidade publicado no site do Inea, as praias de Grussaí e Atafona, em São João da Barra; Guaxindiba e Sossego, em São Francisco de Itabapoana; Imbetiba, Forte, Barra, Aeroporto, Barreto e Lagomar, em Macaé, estão contaminadas — a praia é considerada imprópria para banho quando mais de 20% das amostras coletadas em cinco semanas consecutivas apresentam resultado superior a 1.000 coliformes fecais, ou quando, na última coleta, o resultado for superior a 2.500 coliformes termotolerantes.
Ontem, o superintendente regional do Inea, René Justem, informou que as prefeituras foram notificadas na última quinta-feira, dia 2, para a implantação de placas avisando sobre a impropriedade das praias para banho. No entanto, ele ressaltou que a responsabilidade pelo aviso é das administrações municipais onde as praias impróprias estão localizadas — no caso, São João da Barra, São Francisco e Macaé — mas cabe aos banhistas terem responsabilidade de não entrarem no mar onde não é recomendável.
— Se o banhista decide entrar na água e ainda levar os filhos, nós não podemos fazer nada. Não podemos interferir no livre arbítrio das pessoas. Entretanto, eles não podem nos culpar pelas possíveis consequências do contato com a água contaminada — alertou René.
Problemas dermatológicos e infecções estomacais e intestinais são alguns dos problemas que podem afetar os banhistas que insistirem em entrar nas águas das praias alertadas pelo relatório do Inea.
A contaminação das praias acontece nesse período devido ao grande volume do rio Paraíba do Sul, que deságua em Atafona, São João da Barra, trazendo consigo vários resíduos que acabam se misturando às águas do mar. Na próxima segunda-feira, dia 13, outra análise das praias será feita para então se saber se elas terão ou não, condições de abrigar banhistas.
Fonte: Folha da Manhã