A chegada do frio deixa em alerta as autoridades da saúde e a população. É nessa época do ano, quando as temperaturas caem, que aumenta a incidência de meningite, especialmente a meningocócica, causada pela bactéria meningococo.
A mais temida entre todas as moléstias de inverno é a meningite, que nada mais é do que uma inflamação das leptomeninges, ou seja, das membranas que recobrem o cérebro e a medula espinhal.
Diversas são as causas, porém, vale ressaltar que se trata de uma infecção gravíssima, que exige acompanhamento médico permanente. Febre alta, pescoço enrijecido, náuseas e dores de cabeça são sintomas da doença, cujo agente causador pode ser um vírus ou bactérias. O tratamento envolve hospitalização de urgência e antibióticos.
A meningite pode ser decorrente de uma gripe não tratada. Ela também pode ser provocada por fungos ou parasitas. Dependendo da origem, pode causar surtos e epidemias, por isso o alerta para evitar conviver em ambientes fechados no inverno.
Tratar com atenção gripes e infecções de garganta e respiratórias são medidas profiláticas. Em caso de surto, seguir as recomendações das autoridades de saúde. Em caso de complicações, há risco para sequelas cerebrais e morte.
As baixas temperaturas do inverno costumam ser um convite a aglomerações. Com frio, a tendência é de que as pessoas busquem refúgio em ambientes fechados e lotados. O problema é que alguns intrusos podem acabar dividindo o espaço. É o caso de micro-organismos nocivos, responsáveis por doenças transmitidas pelo contato próximo com indivíduos infectados. Entre elas, estão as meningites, que ocorrem quando agentes patógenos invadem o sistema nervoso central, provocando uma grave inflamação. No Brasil, de janeiro até 2 de julho, foram notificados 5.737 casos e 447 óbitos associados a esse tipo de infecção, de acordo com o Ministério da Saúde.
Vírus, fungos e até mesmo vermes podem causar a inflamação das meninges — membranas protetoras do cérebro. Contudo, a maior gravidade está nos casos de transmissão por bactérias, principalmente as meningococos, facilmente disseminadas pelas vias respiratórias. Essas infecções precisam ser identificadas e tratadas rapidamente, pois podem matar ou deixar sequelas, como surdez e complicações neurológicas.
Vacina
Evitar ambientes muito cheios e estar atento à higiene pessoal, como lavar as mãos com frequência, são medidas que ajudam a prevenir infecções em geral, mas apenas a vacina é capaz de oferecer a proteção de quase 100%. No Brasil, o Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde inclui três vacinas no calendário infantil, sendo que a pneumocócica 10, que protege contra a bactéria pneumococo, e a meningocócica conjugada, que imuniza contra os meningocócicos C, entraram no Sistema Único de Saúde (SUS) recentemente, em 2010.
Essa última existe na versão quadrivalente, oferecendo proteção contra outros sorogrupos da bactéria (veja infografia), mas apenas clínicas privadas a aplicam. “A quadrivalente veio para assegurar a proteção contra quatro tipos da meningite. No Brasil, já há circulação dos menigococos W135 e Y”, lembra a médica infectologista Ana Rosa dos Santos, gerente médica do Sabinvacinas. Ela explica que a imunização, conhecida como Menveo, é aplicada em dose única, mesmo para quem já foi vacinado na infância ou há mais de cinco anos.
As vacinas contra meningite fazem parte do calendário básico de vacinação da criança e devem ser administradas aos 1, 3, 4, 5, 6, 12 e 15 meses. Entretanto, ainda não existe vacina para todos os tipos de meningite.
Indicações da vacina contra meningite
A vacina contra meningite é administrada em bebês de acordo com a sua idade.
- A vacina Tetravalente é administrada ao 2, 4 e 6 meses.
- A vacina Pneumocócica 10 (conjugada) é administrada aos 2, 4, 6 e 12 meses .
- A vacina Meningocócica C (conjugada) protege conta a meningite tipo C.
Adultos não vacinados podem tomar as vacinas no posto de saúde de sua cidade e nas campanhas de vacinação realizadas pelo governo.
Fonte: Pense Diferente