terça-feira, 8 de dezembro de 2015

PACIENTES DENUNCIAM FALTA DE FRALDAS EM PROGRAMA MUNICIPAL DE CAMPOS

(Foto: Reprodução | Inter TV)
Diversas denúncias apontam falta de fraldas do programa municipal Pró-Fraldas, em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Adultos, crianças e idosos estão sem receber assistência da Prefeitura e alguns estão sem receber as fraldas há cerca de seis meses. A Prefeitura diz que a queda na arrecadação dos royalties afetou o programa.

A esposa de um idoso de 88 anos contou à equipe da Inter TV que não consegue pegar fraldas desde o dia 2 de novembro. O idoso tem alzheimer e teve complicações após uma queda no banheiro, o que deixou o aposentado em cima de uma cama. Quem cuida dele é a esposa, Conceição Batista, que contou que antes conseguia pegar quantidade suficiente para um mês através do programa municipal Pró-Fraldas, que distribui pacotes para a população.

“De 3 de novembro até o último dia útil de novembro eu fui lá (na sede do Pró-Fraldas) todos os dias e assim está rolando até hoje. Estamos sem essa ajuda”, contou a esposa informando que está tendo que comprar os materiais.

Outras pessoas também estão sem receber as fraldas, algumas há cerca de seis meses. Como é o caso de pai e filho, de 58 e 83 anos, ambos acamados que necessitam do material. Um pacote de fraldas tem 8 unidades e dura menos de dois dias. Muitos não têm condições de arcar com os custos.

A equipe da Inter TV foi até à sede do Pró-Fraldas, mas funcionários não quiseram gravar entrevista. Na porta do programa, um homem que foi buscar fraldas para o filho de 8 anos voltou para casa de mãos vazias.

“A gente pega essa quantidade de 30 dias e quando chega pra pegar a gente nunca encontra”, disse Wallace Justiniano.

A Prefeitura disse, em nota, que o benefício é pago com os recursos dos royalties do petróleo, que diminuiram, e o Pró-Fraldas acabou afetado. Disse ainda que novos fardos devem ser entregues nas próximas semanas. A nota diz também que o recadastramento é feito a cada seis meses para evitar fraudes e que o último aconteceu entre agosto e outubro, quando algumas pessoas deixaram de atender os critérios do programa.







Fonte: G1