terça-feira, 22 de dezembro de 2015

VEREADORES DA OPOSIÇÃO: " OBRAS FARAÔNICAS AJUDARAM A ESVAZIAR COFRES PÚBLICOS"

(Foto: Ralph Braz | Blog Pense Diferente)
Até o final de 2013 Campos vivia um bom momento econômico, com receitas significativas e junto com mais seis cidades, representava 25% do Produto Interno Bruto dos Municípios brasileiros. Os maiores geradores de riqueza em 2013 foram São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Manaus e Campos dos Goytacazes. Mas, nos últimos dois anos os cofres do município foram esvaziados e as receitas despencaram transformando a economia na Planície Goitacá em um verdadeiro caos. A prefeita Rosinha ainda busca manobras para fechar as contas de 2015, mesmo depois de ter conseguido a polêmica antecipação dos recursos dos royalties, a “venda do futuro”, no valor de R$ 308 milhões. Antes de fechar o ano, será votado na Câmara o orçamento para 2016 e o Código Tributário.

Segundo o vereador Marcão, a má administração nos últimos anos, com obras superfaturadas e faraônicas, como a Cidade da Criança, contribuiu para esse cenário trágico que o município está vivendo. “A prefeita não aproveitou o bom momento que Campos viveu até 2013 para criar mecanismos e buscar novas fontes de receitas. Foram feitos investimentos em obras sem real necessidade. Não podemos admitir tanto desperdício do dinheiro público. Agora a prefeitura pegou esse dinheiro da “venda do futuro” e vai deixar um carnê de dividas para a população pagar.”

A Cidade da Criança, citada por Marcão, custou para a população R$ 16 milhões. Valor esse que poderia ser utilizado, por exemplo, na reforma no hospital da Baixada, que desde 2009 não tem suas obras concluídas.

Ainda de acordo com Marcão, os vereadores da oposição vão propor emendas para que sejam utilizados recursos em áreas importantes no próximo ano. “Já criamos emedas para serem levadas para a Câmara durante a votação do orçamento. Vamos torcer para que seja tudo transparente como a população merece.”

O vereador ressaltou que o Código Tributário é uma falta de respeito com o contribuinte – já que não houve nenhuma audiência pública para discutir o assunto. “Nós, vereadores, não conhecemos o Código. A Secretaria de Fazenda não chamou para reunião. É um absurdo. Vamos tentar conscientizar a população sobre esse Código.”

Marcão acredita que para o ano que vem deve vir uma carga tributária pesada para os contribuintes campistas.

Já o vereador Rafael Diniz lembra que a “royalties dependência” foi um grande erro do governo atual e que a falta de investimentos em outras áreas para a obtenção de recursos está pesando hoje no orçamento municipal. “A péssima administração atual levou Campos para essa situação. Isso é falta de gestão. Essas outras cidades não tiveram a economia tão afetada com a crise como Campos. O governo deveria investir em áreas fora do petróleo. A prefeita não soube eleger suas prioridades.”








Fonte: Terceira Via