sexta-feira, 13 de novembro de 2015

POR FALTA DE REPASSE DA PREFEITURA, TRATAMENTO DE HOME CARE É SUSPENSO


Cerca de 50 pacientes em tratamento de Home Care da empresa Nutrindo, em Campos, estão a partir de hoje sem atendimento da empresa. A notícia foi dada aos familiares na manhã desta quinta-feira (12/11), em uma reunião na sede da empresa.

A equipe do Site Ururau conversou com alguns familiares, que sem condições de pagar pelo tratamento procuram por alguma solução, já que alguns pacientes graves não podem ficar sem medicamentos e tratamento.

“Meu filho tem cinco anos e sofre de microcefalia e se alimenta por sonda. Não podemos ficar sem o tratamento, é a vida de pessoas que estão em risco. A Nutrindo sempre prestou um excelente serviço, mas já está há sete meses com os salários atrasados”, disse Lívia Cristina Leandro da Silva, de 33 anos.

Ainda de acordo com os familiares, a Nutrindo alega que está sem material para curativos, sem aparelhos de oxigênio, sem alimentos, luvas, medicamentos, fraldas e outros materiais.

No dia 08 de outubro, manifestantes também estiveram em frente à Secretaria de Saúde, onde familiares já temiam a paralisação de atendimento do Home Care. Cerca de 20 pessoas, usando apitos e roupas brancas fecharam parcialmente a Rua Gil de Góes. 

Em setembro, a médica e proprietária da Nutrindo, Sara Cruz, convocou uma coletiva onde contou que o poder público municipal devia a época mais de R$ 7 milhões à empresa. Sara explicou que haveria uma falta de negociação entre as partes e afirmou que há sete meses a Secretaria de Saúde não estaria repassado o recurso para custear o atendimento dos cerca de 52 pacientes em atendimento domiciliar.

Também foi dito que o pagamento dos 240 funcionários da empresa estaria comprometido, e a direção da empresa teria autorização da Justiça de parar os trabalhos depois de atraso de 90 dias no pagamento, de acordo com uma decisão do juiz Ralph Manhães, da 1ª Vara Cível de Campos.

Segundo Sara, existe ainda uma decisão do Ministério Público Estadual (MPE) que a impediria de parar os serviços, mesmo mediante atraso e a médica poderia ser presa, mesmo sem recusos para dar continuidade aos atendimentos e pagamento de pessoal. Ainda segundo Sara, o MPE pediria que a Prefeitura suspenda o acordo com a empresa, alegando que a mesma não tem lastro econômico para arcar com o serviço que se dispõe a oferecer. 

O Site Ururau solicitou nota à Secretaria de Saúde de Campos, mas não obteve retorno até a publicação da matéria.






Fonte: Ururau