quarta-feira, 24 de junho de 2015

MPF REALIZA INSPEÇÃO NO HOSPITAL ESCOLA ÁLVARO ALVIM

(Foto: Ralph Braz)
Em sequência as inspeções em unidades de saúde, que recebem repasse de verbas do Sistema Único de Sáude (SUS), na cidade de Campos, o Ministério Público Federal (MPF) vistoriou na tarde desta terça-feira (23), o Hospital Escola Álvaro Alvim (HEAA). Três agentes percorreram várias instalações do hospital. Apenas na farmácia e no ambulatório foram encontradas irregularidades, já no setor administrativo os agentes foram informados que apenas dois médicos são contratados pelo hospital e não possuem registro de ponto e que os demais trabalham através de empresas. No mesmo setor, os agentes foram informados de que dois médicos faltaram, mas a justificativa dada pelo hospital é de que uma estaria em licença maternidade e outro teria uma cirurgia de emergência.

No ambulatório, a escala de médicos, com suas respectivas especialidades, exigida por lei, não foi encontrada, mas, segundo o administrador do HEAA, Flávio Hoelzle, a escala será providenciada. Já na farmácia, o quantitativo do remédio Anlodipino no sistema constava 110, mas, segundo os agentes, foi encontrado apenas 88. Segundo o médico Carlos Eduardo Ferreira, responsável pelo setor, a diferença ocorreu, pois “os medicamentos saíram para um andar e a baixa no sistema é feita no final do dia”. Ainda segundo ele, “os agentes do MPF ficaram satisfeitos, pois todos os outros produtos bateram”.

Os agentes passaram também por setores com a clínica cirúrgica e médica, enfermaria, central de esterilização e descarte, mas nenhuma irregularidade foi encontrada.

De acordo com a moradora do Parque Santo Amaro, Maria José Carvalho, 56 anos, há seis meses ela tenta realizar exames de mamografia, mas não consegue e o único jeito seria pagar o exame, dormir na fila ou comprar uma ficha por cerca de R$ 40. “Mesmo pagando meus impostos, não consigo ter acesso aos meus direitos”, disse.

O administrador do hospital informou que há um limite no número de realização de exames e que a verba federal, que deveria ser repassada pela Prefeitura, está atrasada desde março, além das verbas destinadas a cirurgias de altas complexidades estarem atrasadas desde fevereiro. Segundo ele, “falta diálogo entre hospitais e a Prefeitura, sendo o atraso prejudicial”.

A Folha entrou em contato com a Prefeitura, através da assessoria de comunicação, para saber os motivos do atraso e se há uma previsão para a regularização, mas até o fechamento desta edição, não houve resposta.





Fonte: Folha da Manhã