sábado, 20 de junho de 2015

APÓS PROTESTOS, MÃES RECEBEM LEITE

(Foto: Folha da Manhã)
“Como eu e meu marido estamos desempregados, a única alternativa foi usar o cartão de crédito para comprar as latas de Neocate e, assim, não ver a minha filha de quatro meses vomitando ou tendo dor de barriga, o que acontece quando sou obrigada a dar leite materno”. Este é o depoimento da moradora da localidade de Poço Gordo, Rafaela Rosa, 31 anos, que há mais de uma semana tenta na sede da Secretaria Municipal de Saúde conseguir latas do leite, que custam entre R$ 206 e R$ 220. No final da tarde desta sexta-feira (19), um grupo de mães informou que a secretaria havia disponibilizado o alimento, finalmente.

Segundo Rafaela, a pediatra de sua filha cortou o leite materno, mesmo após passar por dietas e a criança continuar tendo reações alérgicas. A situação de sua filha é mais complicada ainda, pois os cuidados exigem também a utilização de sabonete específico que custa R$ 14 e todas as pessoas que tem contato direto com ela precisam utilizar o que elevam ainda mais os gastos. “Ainda nem calculei o quanto estou devendo, mas quando não consigo arranjar dinheiro para comprar a lata, que normalmente dura dois dias, a única opção é dar o leite materno”, disse.

No início da tarde desta sexta, várias mães que necessitam do leite Neocate, Neocate Advance e Pediasure estiveram na sede da secretaria para protestar contra o atraso na entrega, quando receberam a informação de que as latas seriam distribuídas às 18h.

Após manifestação dos pais, em frente a secretaria, o leite começou a ser entregue, segundo uma das mães Gleice Moraes.

A distribuição do Neocate em Campos é alvo de reclamações desde 2011.





Fonte: Folha da Manhã