foto: Ralph Braz |
Policiais rodoviários federais no Rio de Janeiro decidiram, nesta segunda-feira (13), entrar em greve por cinco dias a partir do próximo dia 20. De acordo com o presidente do sindicato da categoria, Marcelo Novaes, a decisão de aderir à paralisação dos servidores federais foi por unanimidade. “A categoria por unanimidade votou sim pela adesão à greve a partir do dia 20. Nosso pessoal que estiver em greve vai ficar apenas nos postos para não haver ações depredadoras. Com a greve, haverá uma demora no atendimento. Essa demora será sentida pela população”, disse.
Marcelo Novaes declarou ainda que durante o período de greve, de 20 a 24 de agosto, apenas 30% do efetivo vão fazer a ronda nas rodovias federais do estado, exercendo apenas serviços considerados essenciais. Ele destacou que no próximo dia 25 a categoria volta a se reunir em assembleia para decidir se entra ou não em greve por tempo indeterminado. Caso seja votado pela permanência da paralisação, de 26 a 31 de agosto vão ocorrer diversas operações-padrão em todo o país.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) existe há 77 anos e essa é a primeira vez em que agentes do órgão entrarão em greve no país. Segundo Marcelo Novaes, a decisão será mantida caso o governo federal não atender as reivindicações da categoria.
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De acordo com Novaes, a última negociação viável com o Ministério do Planejamento ocorreu em 2006, quando ficou acertado que a categoria receberia um aumento parcelado em três anos. Desde então, os agentes não receberam mais nenhum aumento salarial, segundo o sindicalista.
Ele ressaltou que há 18 meses a pauta vem sendo negociada com o ministério sem muito sucesso. “Em agosto do ano passado iniciaram-se diversas reuniões de negociação entre a categoria e o governo. O governo de forma arbitrária suspendeu as reuniões de negociação”, declarou.
O presidente do sindicato disse que entre as reivindicações dos agentes estão a reestruturação da carreira, a realização de novos concursos públicos e o reajuste salarial. Os policiais pedem ainda aumento no valor dos auxílios-alimentação, saúde e creche e do vale-transporte. No entanto, segundo ele, se o governo federal apresentar uma proposta que atenda pelo menos a questão salarial e a reestruturação da carreira, é possível que a greve não ocorra.
“Nós não queremos fazer greve. A greve é o ultimo ato da corporação, caso o governo não atenda as nossas reivindicações. De hoje até o dia 20 será aguardada a decisão do governo. Vamos ver se haverá por parte do governo respeito à categoria”, disse.
fonte: Campos24horas