sexta-feira, 27 de maio de 2016

Guardas municipais de Campos armados até os dentes? Pra que?


(Foto: Reprodução)
É preocupante que três guardas municipais sejam suspeitos e denunciados por porte de armas, homicídio triplamente qualificado e por associação criminosa - mandando e desmandando em áreas da cidade, controlando-as como milicianos - conforme denunciam o Ministério Público Estadual e a Polícia Civil na investigação do assassinato da analista judiciária Patrícia Manhães.

Este crime envolvendo guardas municipais - que vitimou uma mãe de família - ocorre no período em que a categoria, em diferentes municípios, se arvora em busca do direito de obter porte de arma sob o pretexto de exercer um policiamento mais eficaz ou garantir a própria segurança. Só que não.

Resta saber quantos Uendersons, Genessis e Jonathans circulam pela Guarda Municipal de Campos e sob qual alegação usariam armas com potencial de fogo e de morte.

Estariam nossos guardas municipais preparados moral e psicologicamente para portar uma arma na cintura? Não é qualquer Uenderson ou qualquer Genessi que pode sair armado por aí. E quando sai, dá no que deu. Até criminosos com tornozeleira eletrônica habitam a nossa Guarda.

O impulso corporativo, o despreparo, a truculência e a estupidez não podem falar mais alto que a Razão. Que nossos legisladores tenham muita cautela para decidir armar seus guardas. O ideal seria que - como ocorre num país civilizado - eles fossem submetidos a avaliações e exames psicológicos e comportamentais. Como estamos longe deste ideal, melhor não.


Um cassetete e um apito estão de bom tamanho









Fonte: Terceira Via | Pense \Diferente