terça-feira, 31 de maio de 2016

Cidade da Criança na Mira do Ministério Público

(Foto: Ralph Braz | Pense Diferente)
Inaugurada em dezembro último, a Cidade da Criança Zilda Arns, a Disney Goitacá, está na mira do Ministério Público Estadual (MPE). A informação foi publicada nesse domingo (29), com destaque, na coluna de Berenice Seara, do jornal Extra.

De acordo com a jornalista, o Ministério Público Estadual abriu uma investigação para apurar as circunstâncias da construção do parque temático, a cobrança de entrada e o gasto excessivo em “época de prenúncio de queda de arrecadação”.

E acrescenta a nota: “A chamada 'Disney goitacá' (!) foi anunciada em 2012, às vésperas das eleições, e orçada inicialmente em R$ 10,5 milhões. Em seguida, recebeu um aditivo de R$ 6,2 milhões. A obra levou três anos para ficar pronta, enquanto a cidade via a arrecadação despencar ao lado dos royalties do petróleo”.

A jornalista lembra que, mesmo com a gastança, ainda é preciso pagar para entrar no espaço, que tem oito mil metros quadrados, um castelo e um minizoo com animais artificiais. O ingresso custa R$ 5. Crianças até 12 anos e idosos não pagam”, finalizou a nota.

Esqueceu de dizer que, além dos custos com ingressos, lanches e eventuais lembrancinhas nos quiosques dentro da Disney também são cobrados.
Localizado no antigo Parque Alzira Vargas, o parque temático é a “menina dos olhos” da prefeita Rosinha, que escolheu a decoração pessoalmente. A estrutura conta com seis prédios: um castelo (onde funcionará uma brinquedoteca, biblioteca e sala de leitura), três blocos, onde funcionam lojas, banheiros e fraldários.

Valor – Inicialmente o valor da obra era de R$ 10,5 milhões. Porém, em 2014, além de atrasada, a obra ficou cerca de 60% mais cara. Foi publicado no Diário Oficial do dia 21 de maio daquele ano um aviso de licitação informando sobre a necessidade de uma “complementação da obra” orçada em R$ 6,2 milhões, deixando o valor total do parque temático por R$ 16,7 milhões.

Enquanto a Cidade da Criança era concluída, outras obras continuavam paradas em Campos, como o Hospital São José, em Goytacazes, a RJ 216 — que recentemente teve reiniciada a duplicação — além das reclamações constantes na área de Saúde.

Em março, matéria do jornal O Globo sobre legado dos royalties aos municípios produtores mostrou que a Cidade da Criança, a “Disney Goitacá”, e o Centro de Eventos Populares Osório Peixoto (Cepop) eram considerados os maiores elefantes brancos tanto pelo jornal carioca, como pela população. O Cepop, pouco utilizado, custou aos cofres públicos quase R$ 100 milhões.

















Fonte: Folha da Manhã