sexta-feira, 8 de agosto de 2014

NECO DESORIENTADO E CARLA LIDERANDO VOTAÇÃO EM SJB

(Foto: Divulgação)
A dois meses de uma eleição cujo resultado local vai dizer muito sobre quem alicerça o caminho com larga vantagem para 2016, o prefeito Neco parece disposto, observado seu comportamento recente, a tentar sair do ostracismo para não correr o risco de entregar de bandeja, antecipadamente, seu projeto de reeleição. Primeiro optou pelo óbvio, considerando o momento ruim, e tratou de pulverizar seu apoio e de seu grupo a mais de um candidato a deputado estadual. E então passou a ser “encontrado”. Ficou mais acessível, mais falante no rádio e até deu as caras, tão surpreendente quanto isoladamente, em lançamento de candidatura, dividindo palanque com gente que em 2012 estava do outro lado.

E é aí que mora o problema. A nova postura do prefeito, mesmo ainda em forma de reação ensaiada,não anda agradando nem aos seus. Um estudo de caso e tanto para quem gosta de interpretar a política e os políticos.

Administrativamente perdido e politicamente fragilizado, Neco tenta compensar, em oito semanas, o prejuízo causado à própria imagem desde que assumiu o governo, em janeiro de 2013, que tudo indica ter sido consolidado após o rompimento precoce com a antecessora Carla Machado, agora candidata à Alerj pelo PT. Abrigou adversários no novo ninho, escudado no argumento da necessidade de somar, mas negligenciou na atenção aos aliados. Sem um projeto de gestão que dê uma cara ao governo ou defina seu próprio perfil, Neco agora conta com a sorte em 5 de outubro.

Mas o prefeito sabe que o quadro que se desenha não lhe é favorável: Carla deve liderar a votação em São João da Barra e tudo aponta para uma  excelente performance. Restou aliar-se a medalhões do seu partido, o PMDB, comprometendo-se com candidaturas da capital e agora de forma mais aberta ao vereador Kaká (PTdoB), eleito pela oposição, mas que já vinha dando sustentação ao governo na Câmara.

Independente das escolhas que os eleitores sanjoanenses farão em 2014, uma coisa parece certa: com um governo, sem liderança, que não se espere mais um plebiscito em 2016. Vai sobrar candidato.


Fonte: SJB online