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| (Foto: Ralph Braz | Pense Diferente) |
Uma parte do reboco da torre da Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte caiu devido as chuvas que chegaram ao município desde ontem, 25, e moradores pediram isolamento do local através da Defesa Civil na manhã desta sexta-feira, 26. A torre sineira, sobre uma bela coroa foi construída em 1868.
De acordo com o coordenador de Defesa Civil, Adriano Assis, há dois meses foi enviado um ofício ao Padre Marcos Paulo Pinalli da Costa informando os problemas na torre da igreja e Pinalli respondeu que iria providenciar junto com a Diocese para fazer a obra.
– Na manhã desta sexta-feira, moradores acionaram a Defesa Civil relando que uma parte do reboco da igreja caiu, onde imediatamente isolamos a área e estamos reiterando o ofício enviado anteriormente. Estamos, também, solicitando a colocação de tapumes para evitar acidentes. Na parte da entrada da igreja não tem risco, mas na parte de trás sim e já está isolada -, disse Assis.
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| (Foto: Ralph Braz | Pense Diferente) |
A cuidadora do altar de São Jorge que fica no interior da igreja, Cássia Cristina, disse que foi um barulho e ao descobrir que foi uma pequena parte do reboco que caiu, logo o Padre foi convocado e ligou para a Defesa Civil.
– A igreja recebeu a visita neste ano de um engenheiro que avaliou toda estrutura e relatou que deveria fazer a reforma de uma parte da torre. Todos os dias são realizadas atividades como terço das mulheres, grupos de oração, grupo jovem, celebração de missa, grupo de crisma e adoração ao Santíssimo, dentre outras -, destacou.
Cássia acrescenta, ainda, que uma reunião está marcada para esta sexta-feira com a presença do Padre Marcos Paulo Pinalli da Costa e comunidade que deseja ajudar na reforma.
Historiador Fernando Antônio Lobato relata informações da construção da Igreja
O culto de Nossa Senhora da Boa Morte, em São João da Barra, tem início com a chegada em 1802 da imagem trazida da Bahia pelo marítimo Antônio Alberto de Vasconcelos, em pagamento por uma graça. A imagem, depositada no altar de Nossa Senhora do Rosário, logo foi alvo de grande devoção. Uma provisória irmandade se formou e providenciaram uma morada para a Santa; foi então construída uma capela de madeira, para onde foi transferida à padroeira dos marítimos com grande entusiasmo do povo, em 1818. Tinha capela mor e sacristia e teve para sua construção, grande empenho do capitão Manoel Manhães Barreto e do alferes Joaquim Vieira.
Esse primeiro edifício logo entrou a ruir, em 30 anos já não mais servia; assim, o irmão benemérito Comendador Joaquim Thomaz de Farias, mandou arriar o antigo edifício reconstruindo-o com grossas paredes de pedra e cal, no ano de 1847, gastando do seu bolso, mais de cinco contos de réis; nele foi enterrado junto com a esposa D. Francisca Barreto.
Foto: Fernando Antônio Lobato
Em 1861, tinha uma pomposa e rica diretoria que se intitulava ” Ordem Terceira de Nossa Senhora da Conceição e Boa Morte” e era composta da seguinte forma:
Corretor – Vice-Cônsul Manoel Pinto da Costa;
Vice-Corretor – José do Canto Coutinho;
Secretário – Belmiro José Ferreira;
Syndico- Antônio dos Santos;
Procurador Geral- Francisco de Souza Neves;
Mestre dos Noviços – Bernardo dos Santos Souza;
Vigário do Culto Divino- José Peixoto Guimarães;
Corretora – D. Francisca Barreto de Jesus Farias;
Vice-Corretora – D. Maria Thereza de São Joaquin;
Mestra das noviças – D. Carlota Joana da Transfiguração;
Vigaria do Culto Divino – D. Maria Pinto Rodrigues Alecrim;
Definidores: Francisco José Barreto,
José de Brito Moreira,
José Alves Manhães;
Francisco Gomes de Azevedo,
Manoel Felisberto de Souza,
Francisco José Soares da Costa,
Padre José do Canto Coutinho Pau Brasil,
Jerônimo Pinto Rodrigues de Brito,
José Ferreira Pinto Sobrinho,
Thomas Joaquim de Farias Motta,
Patrício Adriano Teixeira Mendes,
Amaro Guimarães da Cunha Braga.
Em 1868, foi acrescida a magnífica Torre sineira, encimada por uma bela coroa.
Tem em seu interior belas e antigas imagens como a de Nossa Senhora da Piedade cujo altar foi construído em 1860 pelo cônego Vicente Ferreira Ribeiro, capelão da irmandade desde a construção da primeira igreja da Santa.
Hoje pertence à Mitra Diocesana.
Fonte: Partahybano
