sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Médica dos Plantadores de Cana denuncia salários atrasados e pacientes nos corredores

(Foto: Ralph Braz | Pense Diferente)
Uma médica do Hospital dos Plantadores de Cana usou as redes sociais para denunciar salários atrasados, falta de materiais na unidade médica e atendimento a pacientes nos corredores. De acordo com a ginecologista e obstetra Thayanna Alves, metade do 13º salário de 2017 ainda está pendente. A médica informou que, após seu desabafo no Instagran, o salário referente ao mês de agosto foi quitado nesta quinta-feira (18). Em nota, o hospital negou que pacientes aguardem atendimento em corredores ou falta de leitos.


“Quando receberemos nossa metade do 13º salário de 2017 do hospital Plantadores de Cana???? E nosso salário a partir de agosto de 2018? Trabalhamos duro! Muitas vezes em condições críticas. Pacientes de alto risco aguardam no corredor por vaga no centro cirúrgico para que seus bebês possam nascer… nos expomos diariamente à falta de medicações, materiais, salas cirúrgicas, leitos e às indignações de pacientes e familiares. Muitas vezes agressivos conosco (em parte com razão). Trabalhamos. E não recebemos????? Os médicos e todos os funcionários merecem respeito!”, afirmou a médica.

A ginecologista e obstetra recebeu apoio de outros médicos e de internautas.

Na mesma postagem da rede social, o presidente da Fundação Municipal da Infância e da Juventude (FMIJ), Fábio Bastos, informou que a gestão administrativa do Hospital dos Plantadores de Cana não é da Prefeitura. “É preciso deixar claro que a responsabilidade da Prefeitura é fazer os repasses para esses hospitais contratualizados… e a PMCG está absolutamente em dia com os repasses!!!!”, afirmou o secretário.

Leia na íntegra o posicionamento do Hospital dos Plantadores de Cana:

"A Direção do Hospital Plantadores de Cana (HPC) informa que efetuou o nesta quinta-feira, (18/10), o pagamento de todos os colaboradores.

Informamos ainda que o HPC é a única maternidade referência no atendimento a gravidez de alto risco, no interior do estado do Rio.

Realizamos em média 350 partos por mês. Dispomos de uma Unidade Intensiva Neonatal que atende crianças de Campos e nas cidades vizinhas. São 70 leitos de terapia intensiva.

Informamos que não procede a informação de corredores lotados ou falta de leitos.

Nossa administração não permite que nenhuma gestante deixe de ser atendida. Em dias de maior fluxo, utilizamos as acomodações particulares para atendimento aos pacientes do SUS.

Também não procede a informação que falta medicamentos em nossa farmácia. Nosso estoque é abastecido regularmente para o atendimento das urgências e emergências.

Trabalhamos para humanizar nosso atendimento aos nossos pacientes e colaboradores.

A Direção"