quinta-feira, 14 de julho de 2016

Casos de Meningite: Famílias procuram vacinas contra meningite em clínicas particulares

(Foto: Michele Richa | Folha da Manhã)
Por conta dos recentes casos de meningite em Campos, muitas famílias estão procurando clinicas particulares para terem acesso às vacinas dos tipos A, B, Y e W-135 da doença, que não são disponibilizadas pela secretaria municipal de Saúde. Relatos apontaram que o preço das vacinas variam entre R$ 400 e R$ 740. Nesta quinta-feira (14), a movimentação foi grande em uma clínica localizada no Centro. Somente pela manhã, cerca de 75 vacinas foram vendidas no lugar. Por volta das 11h30, cerca de 30 pessoas estavam na fila com filhos. De acordo com o responsável técnico pela clínica, o médico Carlos Hamilton Oliveira da Conceição, a unidade aplicava cerca de 50 vacinas do tipo B por mês no segundo semestre de 2015 e, apenas na manhã desta quinta, cerca de 60 do mesmo tipo foram aplicadas.

— Inclusive acabaram todas as vacinas que tínhamos. Não há previsão para chegar mais, pois depende do laboratório. Porém, quando isso acontecer, avisaremos aos pacientes. A clínica existe há 20 anos no Estado do Rio e há 13 em Campos. A vacina meningo tipo B já tem aqui (na clínica) desde julho de 2015. Nessa época, as pessoas procuravam a vacina de forma rotineira, com indicação de pediatras. Este ano, depois das mortes de duas meninas na cidade por meningite, a informação foi difundida por meio de redes sociais, isso abalou a população e a procura aumentou muito, o que explica as aproximadamente 60 vacinas aplicadas hoje nom total — disse Carlos Hamilton.

A professora Daiana Rodrigues, 31 anos, foi uma das pessoas que estiveram na clínica nesta quinta. Ela, que chegou por volta das 6h30 no lugar, foi levar seu filho de 7 anos para tomar a vacina. “O problema é que é muita demanda para poucas vacinas. Se for olhar a quantidade de pessaos em Campos e a de doses, percebe-se o porquê dessa procura por vacinas. São R$ 720, com 10% de desconto para quem tem plano de saúde, e é o que estou fazendo. Apesar de cara, é necessária”, disse ela, que por volta das 11h30, quando estava sendo atendido o paciente de senha número 46, estava com a senha 54.

Já a assistente social Aline Richa, 44 anos, contou que procurou por vacinas na cidade e preferiu aguardar. “A do tipo B achei por R$ 740. Já a Y encontrei por R$ 400 e R$ 410. Conversei com a pediatra do meu filho e cheguei à conclusão que vou esperar um pouco para ver como fica”, relatou.

A Folha tentou contato com a superintendência de Comunicação da Prefeitura, para buscar informações sobre a necessidade dessas vacinas e se há possibilidade ou previsão de o município conceder as outras vacinas, mas não houve respostas até o fechamento desta edição.








Fonte: Folha da Manhã