(Foto: Agência O Globo | Gabriel de Paiva)
Para planejar o combate à violência no estado, as autoridades dividem o território do Rio em Áreas Integradas de Segurança Pública (Aisps) — cada uma tem um batalhão da Polícia Militar e pelo menos uma delegacia. Entre as 17 Aisps que ficam na capital, sete têm, dentro de sua delimitação geográfica, instalações que receberão competições durante os Jogos Olímpicos, daqui a menos de um mês. Nos mesmos locais onde serão batidos recordes, por enquanto, as únicas marcas de causar espanto são as dos índices de criminalidade: foram registrados, apenas nessas sete áreas, cem roubos por dia, em média, entre janeiro e maio deste ano.
A conta foi feita pelo EXTRA com base nos números mais recentes divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP). Dos 15.265 assaltos no período — que representam, ainda, uma ocorrência a cada 15 minutos — o maior peso fica por conta dos quase sete mil roubos a pedestre, ou 45,6% do total.
Uma das áreas mais sensíveis é justamente aquela que concentra a maior quantidade de instalações: trata-se da Aisp 14 (Bangu), do Complexo Esportivo de Deodoro, onde ocorrerão as competições de hipismo, ciclismo, tiro esportivo, canoagem, hóquei sobre grama, rúgbi e basquete, entre outras — só o Parque Radical, que após os Jogos voltará a ser um espaço de lazer para a população, tem cerca de 500 mil metros quadrados. Apenas a Aisp 3 (Méier), onde está o Engenhão, registrou mais roubos nos primeiros cinco meses de 2016 (veja mais no infográfico abaixo).
Na comparação com o resto da cidade, porém, a soma das ocorrências situadas nas “Aisps olímpicas” ainda fica em situação ligeiramente favorável. Embora tenham cerca de 40% da população carioca (2,5 milhões de pessoas), nas sete áreas foram registrados 37% do total de roubos da capital no período analisado.
Fonte: Extra
Fonte: Extra