RESSACA ATINGE PRAIA DE ATAFONA EM SJB

(Foto: fmanha/ ANI)

O mar de Atafona, praia do município de São João da Barra (SJB), voltou a atingir casas desde a última sexta-feira. De acordo com a Defesa Civil de SJB, até o final da manhã de hoje uma família precisou ser retirada de áreas de risco e levada para um abrigo da prefeitura. A Defesa Civil informou ainda que não há previsões de chuva, mas sim de maré alta. Por volta das 15h30, as ondas podem chegar uma altura de aproximadamente 1,30 metros. Na manhã de hoje, muitos curiosos foram aos locais atingidos para presenciar a força da natureza.

(fotos: Antônio Cruz)

O pescador José Luiz Gonçalves Rosa, de 38 anos, contou que passou a noite sem dormir com medo de que pudesse acontecer alguma tragédia. Sua casa foi parcialmente atingida pelo mar. Ele disse que ainda não teve prejuízos. “Vou começar a juntar minhas coisas para sair daqui. Já é segunda casa minha que é atingida pelo mar. Tenho medo que possa acontecer coisa pior. Tenho muitas coisas de trabalho que são caras e não posso perder, pois se não fico sem ter com que me sustentar”, disse.

De acordo com o coordenador de Defesa Civil de SJB, Adriano de Assis, informou que foi feita uma vistoria nas casas atingidas e que todos os moradores da área de risco, no trecho que compreende o Pontal até a caixa d’água, foram notificados. “Pedimos para que as pessoas se afastarem das áreas de risco o mais rápido possível. Estamos monitorando a área e qualquer pessoa pode acionar a Defesa Civil, pois estamos trabalhando o dia inteiro”, disse ao ressaltar que algumas famílias ainda resistem em sair, mas a Defesa Civil está tentando convencê-los. Antes de acontecer essa ressaca, a região foi interditada pelo Ministério Público Federal (MPF) e diversas edificações foram desocupadas.

O mar em Atafona começou a avançar há cerca de 20 anos por conta de um fenômeno natural, chamado de transgressão do mar. Desde então, o mar engoliu casas, árvores e outras coisas que encontrou pela frente. O mar também formou uma grande duna no começo da praia. Apesar da destruição, os locais atingidos viraram pontos turísticos e o fenômeno, objeto de estudos para vários pesquisadores.


Fonte: fmanha