segunda-feira, 13 de julho de 2015

TRANSPORTE COLETIVO EM CAMPOS: CRISE NO SETOR, DEMISSÕES, INSATISFAÇÃO...

(Foto: Ralph Braz)
Com a licitação do transporte público, a população de Campos achou que todos os problemas do setor estariam resolvidos. O passageiro continua pagando R$ 1 pela passagem, porém a lista de reclamações dos usuários inclui a insatisfação com a qualidade, o descumprimento de horários, a insegurança, o desconforto e o insuficiente número de ônibus. Nesta quinta-feira (9), a fotógrafa do Terceira Via, Silvana Rust, esperou por cerca de duas horas e meia um ônibus para o bairro Nova Brasília, no Terminal Luiz Carlos Prestes, na beira-rio.

Dessa vez, a crise no setor foi além dos passageiros e alcançou as empresas vencedoras do processo licitatório, homologado em outubro de 2014. Na semana passada, uma empresa do lote 2 demitiu cerca de 30 funcionários. Durante a reunião, os administradores teriam usado como justificativa o reajuste no preço da tarifa, que ainda não estaria em vigor. Além disso, cerca de 50 ônibus dos lotes 2 e 3 continuam parados no pátio da Nacional Norte, às margens da BR 101, em Guarus. As empresas alegam que sem o reajuste, não há condições de circular.

O aumento de 7% no repasse – prometido pela prefeitura no ano passado – não ocorreu até hoje. “As empresas reclamam que não estão conseguindo honrar, dentro do prazo, os pagamentos aos trabalhadores”, disse um rodoviário que teve a identidade preservada.

Em maio do ano passado a Prefeitura de Campos, promoveu licitação para o processo de concessão da exploração e da prestação do serviço de transporte coletivo de passageiros do município, onde três consórcios saíram vencedores. Os valores definidos ficaram entre R$ 2,75 e R$ 2,65. A diferença é paga às empresas pela Prefeitura, como acontece desde a implantação do Programa Campos Cidadão, em 2009.



Fonte: Terceira Via