(Foto: Valmir Oliveira | Folha da Manhã) |
Um leitor, que não quis identificar, reclamou da infraestrutura oferecida, pelo Posto de Urgência (PU) Psiquiátrico da Saldanha Marinho. Segundo ele, a sua tia de 56 anos, ficou internada, durante dois dias, esta semana, na unidade.
— A situação está horrível. A enfermaria feminina estava sem luz e a roupa de cama escassa — disse, ressaltando que “mesmo em péssimas condições os médicos e técnicos de enfermagem, que estariam sem receber há mais três de meses, fazem o possível para atender de forma digna os pacientes”. O leitor diz ainda, que a porta do posto de enfermagem estaria quebrada e que a portaria da unidade não estaria funcionando mais por 24 horas, devido a demissão da recepcionista.
Elaine de Oliveira, 28 anos, esteve na tarde de quinta-feira (9) no PU em busca de atendimento para a sua mãe. Segundo ela, os médicos trabalham, atualmente, “por sentirem pena dos pacientes, pois eles reclamam da falta de pagamento”. “Após ser consultada, a médica falou que minha mãe precisaria ficar internada, mas diante da situação, não foi possível” — disse, acrescentando que “há 20 dias, até blocos de receituários estariam em falta”.
A Folha esteve na tarde de quinta no PU Psiquiátrico e encontrou um cartaz, informando que após às 17h, o atendimento só seria feito pela entrada do outro PU, que conta com o atendimento em outras especialidades.
Segundo a secretaria de Saúde, a necessidade de melhorias no PU Psiquiátrico já foi identificada, e está sendo realizado o projeto de reforma da unidade. No entanto, os pacientes não estão desassistidos e o atendimento prossegue normalmente. A reestruturação da Gerência de Saúde Mental acontece desde 2011, incluindo a implantação de novas unidades para atendimento a pessoas com distúrbios mentais e/ou dependentes de drogas. O pagamento dos servidores efetivos da Prefeitura está em dia e a Prefeitura de Campos mantém os ritos administrativos para pagamento dos profissionais contratados.
Fonte: Folha da Manhã