terça-feira, 16 de setembro de 2014

EX-COMANDANTE DO BATALHÃO DE MACAÉ É PRESO POR ESQUEMA DE CORUPÇÃO

(Foto: ANI | Imprensa RJ)
O ex-comandante do 32º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Macaé, tenente coronel Alexandre Fontenelle Ribeiro de Oliveira, foi preso na segunda-feira (15 de setembro) durante a ação que desbaratou um esquema de corrupção orquestrado por policiais militares do Rio de Janeiro. Fontenelle é um dos 22 PMs acusados de cobrar propina de comerciantes, empresários e ambulantes em Bangu, bairro da zona oeste. Dois policiais e um civil ainda estão foragidos.

Alexandre Fontenelle é o chefe do Comando de Operações Especiais da Polícia Militar, responsável pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) e de Choque e de Ações com Cães, além de ser considerado o chefe da quadrilha e um dos mais importantes oficiais na hierarquia da Polícia Militar.

Cerca de R$ 300 mil foram encontrados na casa do coordenador de Operações do 14º Batalhão de Bangu, major Edson Alexandre Pinto de Góes, que está foragido. Mais R$ 33 mil foram apreendidos na casa de um sargento, cujo nome não foi divulgado.

A quadrilha atuava há pelo menos dois anos exigindo propinas de R$ 10 a R$ 10 mil para não reprimir ações criminosas de mototaxistas, motoristas de vans e kombis não autorizadas, transporte de cargas em situação irregular ou venda de produtos piratas no comércio popular de Bangu.

Os policiais terão que se apresentar em sete dias sob pena de deserção da Polícia Militar. A operação é coordenada pela inteligência da Secretaria de Segurança e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio.

Caso sejam condenados, os réus responderão pelos crimes de associação criminosa armada (Artigo 288 do Código Penal) e por cada um dos crimes de concussão (extorsão cometido por servidor público) previstos na Justiça Militar.

Na denúncia, o Ministério Público pediu ainda reparação por danos materiais e morais. “Morais, em respeito à Polícia Militar, porque a imagem do Estado do Rio de Janeiro foi afetada”, declarou o promotor de Justiça, Cláudio Calo.



Fonte: Terceira Via