sexta-feira, 13 de junho de 2014

POLÍCIA CIVIL AMEAÇA ENTRAR EM GREVE

(Foto: Ralph Braz)
O Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Sindpol-RJ) realizou uma assembleia geral na tarde desta sexta-feira, na Cidade da Polícia, onde aprovou um indicativo de greve para o dia 25 de junho, caso a mensagem de incorporação da gratificação negociada pelo sindicato e prometida pelo governador Luiz Fernando Pezão não seja enviada e aprovada até o dia 24 deste mês. A categoria marcou uma nova assembleia no dia 30, às 14h, também na Cidade da Polícia.

O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, disse que conversou com policiais civis, no início da tarde desta sexta-feira, e informou que o governo do estado está apenas resolvendo trâmites burocráticos para enviar à Assembleia de Legislativa do Rio (Alerj) o projeto de lei que incorpora aos vencimentos dos policiais a gratificação recebida pelo trabalho na Delegacia Legal. Beltrame acrescentou que tem certeza de que, por ser um benefício ao servidor, os deputados vão se apressar na votação do projeto de lei.

O secretário esteve reunido, na manhã desta sexta, com o chefe de Polícia Civil, delegado Fernando Veloso, na Cidade da Polícia. O encontro aconteceu horas antes da assembleia, convocada para esta tarde, no local, pelos policiais civis que podem ou não decretar uma greve ainda durante a Copa porque o governo estadual não cumpriu o prazo de encaminhar o projeto de lei à Alerj até esta quinta-feira.

De acordo com o presidente do Sindpol, inspetor Francisco Chao, o governador não cumpriu a promessa que fez aos policiais de enviar à Alerj uma mensagem em caráter de urgência com o pedido de incorporação.

Em maio, os policiais civis do Rio fizeram uma paralisação por 48 horas para reivindicar a incorporação ao salário da gratificação de R$ 850 paga a quem trabalha em delegacias legais, além de reajustes nos auxílios alimentação e transporte. Na ocasião, o governador Luiz Fernando Pezão prometeu que, até o fim de junho, enviaria à Assembleia um projeto com a proposta.

A decisão foi anunciada após uma reunião, a portas fechadas, entre o governador, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, o chefe de Polícia Civil, delegado Fernando Veloso, e uma comissão de policiais civis. Depois do encontro, os agentes decidiram, em assembleia na Cidade da Polícia, voltar ao trabalho. A categoria fez uma paralisação de 48 horas.



Fonte: O Globo