terça-feira, 24 de junho de 2014

MP OUVE JOÃO VICENTE EX-PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO TRIANON SOBRE DENÚNCIAS À CULTURA


O ex-presidente da extinta Fundação Municipal Teatro Trianon João Vicente Alvarenga, que em um “desabafo” acabou fazendo uma série de denúncias em relação à Cultura de Campos, será ouvido nesta terça-feira (24) pelo Ministério Público Estadual. O depoimento faz parte das oitivas, que também acontecem com a presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), Patrícia Cordeiro, no dia 27; o ex-presidente da FCJOL, Avelino Ferreira, no dia 28; e o secretário de Governo da prefeita Rosinha Garotinho, Suledil Bernardino, no dia 2 de julho de 2014.

As oitivas acontecem dentro da representação protocolada pelo PSOL, presidido em Campos pelo sanitarista Erik Schunk, e que foi incorporada ao inquérito 445/10, que já investigava denúncias sobre a Cultura no município. Schunk espera que os fatos veiculados por João Vicente sejam averiguados e que, caso haja alguma irregularidade, os responsáveis sejam punidos. “Minha intenção é que a justiça possa ser feita porque estamos falando de recursos públicos. Foram acusações graves, que devem ser investigadas”, comentou.

O professor João Vicente disse estar tranquilo em relação ao seu depoimento. “A atitude do Ministério Público é um bom sinal, pois demonstra que o MP está junto com a sociedade. Estou muito tranquilo e acredito que o MP chegará ao conceito de verdade e justiça”, disse.

Em nota enviada pela secretaria de Comunicação, Patrícia Cordeiro informou que protocolou no dia 28 de maio ofício dirigido ao Ministério Público se disponibilizando a prestar esclarecimentos decorrentes das denúncias dirigidas ao referido órgão, “na certeza que todos os atos estão revestidos de estrita legalidade, moralidade e transparência”. Na mesma nota, o Procurador Geral do Município, Matheus José, informou ainda que “diligenciou nesta semana, no sentido de reunir todas as denúncias para esclarecer na mesma oportunidade, todos os pontos indagados nos aludidos procedimentos”.

Segundo denúncias de João Vicente, há suspeita de possível desvio de recursos da FCJOL para montagem de um estúdio de gravação na cidade. Em um de seus comentários sobre o caso, João Vicente chegou a dizer que: “Patrícia Cordeiro tem muito a temer, a começar porque se esconde da mídia para simples prestações de conta de sua gestão e esclarecimentos ao eleitor sobre como o dinheiro da cultura está sendo usado. Está sendo usado para fins públicos e também privados, como, por exemplo, a montagem de um mega estúdio de gravação, que custou altíssimas somas e que deverá ser usado pela oligarquia dominante da democracia goytacá, nas próximas eleições”.


Fonte: Folha da Manhã