Depois de o governo dos Estados Unidos ter anunciado, em 9 de julho, novas tarifas sobre produtos importados do Brasil, o Porto de Santos registrou aumento de embarques para o país norte-americano, principalmente nos contêineres com proteína animal.
A administração do terminal avalia que se trata de uma corrida contra o tempo, uma vez que as novas tarifas, estipuladas em 50%, começam a valer em 1º de agosto caso não sejam revertidas ou adiadas.
A exportação de café, principalmente para os Estados Unidos, cresceu 17% no período. O presidente da autoridade portuária, Anderson Pomini, também informou que as 50 mil toneladas de celulose embarcadas representam uma quantidade maior que nos meses anteriores.
“Percebemos uma corrida dos exportadores para escaparem da tarifa dos 50%”, completou Pomini.
O presidente da autoridade portuária esteve nesta semana no grupo de empresários e autoridades que se reuniram com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, para tratar do tema.
O Porto de Santos é o maior da América Latina, respondendo, em média, por 30% da corrente comercial do Brasil. Os Estados Unidos são o segundo principal destino dos produtos que passam pelo porto paulista, atrás apenas da China.
O ranking dos principais parceiros comerciais do Brasil que utilizam o porto santista são: China, com 47,1% do movimento; Estados Unidos, com 22,2%; Alemanha, com 8%; Índia, com 5,3%; e Japão, com 5%. Outros países respondem por 12,4% das movimentações.