O prefeito Eduardo Paes (PSD) voltou a afirmar que não pretende disputar o governo do estado nas eleições de 2026. Segundo ele, o compromisso é permanecer à frente da Prefeitura, conforme prometido durante a campanha de reeleição em 2024.
A declaração, contudo, foi tomada com reserva por observadores políticos, que, acreditam, que a inciativa visa apenas a desaquecer o antecipado debate sobre a sucessão estadual. Seria uma estratégia do prefeito para temporariamente sair da mira dos adversários.
A afirmação foi feita nesta terça-feira (1º), durante um evento paralelo ao encontro do BRICS, realizado no BNDES, no Centro do Rio. De forma descontraída, Paes comentou que seu vice, Eduardo Cavaliere, gostaria de vê-lo candidato, mas garantiu que não deixará o cargo atual.
Apesar da reafirmação, o prefeito havia sinalizado recentemente, em encontro com ambulantes e barraqueiros, a possibilidade de participar de uma eleição futura, sem especificar qual cargo pretendia disputar.
A movimentação política de Eduardo Paes segue sendo observada com atenção, especialmente diante das articulações para o pleito estadual de 2026.
BACELLAR
O clima conflagrado entre Eduardo Paes e o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Rodrigo Bacellar, postulante ao governo do estado e aliado do governador Cláudio Castro, também aponta uma disputa política entre Paes e Bacellar para as eleições do ano que vem.
Nessa segunda, a Alerj aprovou o projeto que transfere do município ao governo estadual a gestão do Sambódromo da Marquês de Sapucaí. A sessão foi marcada por disputas e bate-boca entre aliados de Cláudio Castro e Eduardo Paes: de um lado, o próprio Rodrigo Bacellar (União Brasil); do outro, o deputado Rosenverg Reis (MDB), irmão do secretário estadual de Transportes, Washington Reis.
Washington, embora ocupe atualmente um cargo no governo Castro, tem sinalizado apoio político ao prefeito do Rio. Na última semana, Washington, Rosenverg e Paes apareceram juntos em postagens nas redes sociais.