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| (Foto: Ralph Braz) |
São constantes e diários os assaltos a pedestres na Avenida 28 de março, na altura do campo abandonado do Americano, o Godofredo Cruz, no Parque Tamandaré. O local é um dos pontos mais ermos do centro da cidade, mesmo durante o dia. Hoje pela manhã, uma empregada doméstica foi abordada por dois homens numa motocicleta. O carona apontou uma arma e disse “Me passa o celular, senão eu atiro”.
A vítima não teve outra opção senão entregar o aparelho. Ainda assim, ela foi agredida com um soco no braço esquerdo. Desnorteada, a mulher – cujo nome não foi revelado – se encaminhou aos prantos para o apartamento onde trabalha. Não foi feito o registro na delegacia do Centro, por falta de confiança de que a polícia venha a recuperar o objeto roubado.
Já há tempos que não se observa mobilização policial para reprimir esse tipo de ação. As blitzen são cada vez mais raras e as duplas de motociclistas – piloto e carona – cometem cada vez mais assaltos. A Polícia Militar, para variar, alega que promove o policiamento constante mas nunca é vista durante ou após ocorrências como esta.
O comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar, Marcelo Freimam, informou que o quartel não recebeu informações sobre o crime e radiopatrulhas e motopatrulhas têm atuado no policamento no bairro. "Trabalhamos com plantão de 24h. O crime pode ter acontecido na hora que não passava viatura pelo local. Não acredito que a vítima chamou a Polícia Militar. Se isso tivesse acontecido, saberíamos e teríamos como fechar um cerco pelo local para tentar prender os criminosos. O nosso planejamento é feito com base nos registros de ocorrência. Se as vítimas não vão até a delegacia registrar o crime, não temos como saber prever a incidência de crimes naquela área".
